SÃO PAULO (Reuters) - Melhores produtividades nas regiões Norte e Nordeste do Brasil levaram a INTL FCStone a aumentar levemente sua previsão para a segunda safra de milho do Brasil, a 55,5 milhões de toneladas, enquanto as exportações do país seguem ameaçadas por incertezas logísticas, disse a consultoria nesta quinta-feira.
A nova estimativa de produção supera os 55,3 milhões considerados anteriormente, mas ainda é bem menor que os 67,35 milhões de 2016/17 em razão da seca dos últimos meses que atingiu lavouras em importantes áreas produtoras, como o Paraná.
Em paralelo, contudo, a INTL FCStone manteve sua projeção de exportação de milho em 2018 em 28 milhões de toneladas, mas não descarta a possibilidade de um volume menor, dado o tabelamento de fretes. Na safra passada, os embarques somaram 30,8 milhões de toneladas.
A medida foi tomada pelo governo na esteira dos protestos de caminhoneiros, mas desagradou ao setor produtivo, que reclama de aumento dos custos e entraves aos negócios.
"A logística tem um peso muito grande no mercado de milho", afirmou em nota a analista da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi.
O Brasil é o segundo maior exportador global de milho, atrás apenas dos Estados Unidos.
A INTL FCStone prevê uma produção total de 80,1 milhões de toneladas de milho no Brasil em 2017/18, incluindo aí também 24,6 milhões de toneladas do milho de primeira safra, colhido no versão.
Na safra passada, o Brasil colheu um recorde de cerca de 98 milhões de toneladas.
(Por José Roberto Gomes)