Futuros de cobre despencam após leilão espanhol

Publicado 14.05.2012, 06:03
Investing.com – Os contratos futuros de cobre ficaram sob forte pressão de venda durante as negociações europeias da manhã desta segunda-feira, caindo para o menor nível desde meados de janeiro, uma vez que os temores cada vez maiores da possibilidade de uma saída grega da zona do euro fizeram os investidores reduzir a exposição a ativos mais arriscados.

Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York, os futuros de cobre para entrega em julho foram negociados a US$ 3,550 por libra-peso durante as negociações europeias da manhã, despencando 2,65%.

Anteriormente, os preços caíram até 2,75%, para negociação a US$ 3,548 por libra-peso, a maior baixa desde 12 de janeiro.

As perdas no cobre cresceram após a Espanha ter visto o custo do seu endividamento aumentar drasticamente em um leilão de dívida de curto prazo no início do dia. O rendimento dos títulos espanhóis de 10 anos do país atingiu os 6,28% em meio a preocupações por parte dos investidores de que a crise da dívida grega possa se espalhar.

O sentimento do mercado ficou estável uma vez que os investidores continuaram acompanhando os acontecimentos políticos na Grécia, já que o endividado país luta para formar um governo de coalizão após as eleições do primeiro fim de semana do mês.

Os partidos não conseguiram chegar a um acordo sobre se a Grécia deve continuar implantando medidas impopulares de austeridade exigidas pelos credores internacionais do país em troca de seu resgate financeiro de € 130 bilhões.

O presidente da Grécia, Karolos Papoulias, está pronto para empregar uma última tentativa, na segunda-feira, de formar um governo de coalizão, mas terá que convocar outra eleição se não conseguir fazê-lo até quinta-feira, aumentando os temores de uma potencial inadimplência grega e eventual saída da zona do euro.

A Europa, como uma região, ocupa a segunda posição na demanda global pelo metal industrial. Os preços acompanharam a confiança dos investidores com relação à crise da dívida da zona do euro nos últimos meses.

O senso mais aguçado de aversão ao risco fez que os investidores evitassem ativos mais arriscados, como commodities e ações, e que se voltassem para a relativa segurança do dólar norte-americano.

O índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 0,4%, para 80,75, a maior alta desde 15 de março.

Os temores de que haja uma desaceleração mais profunda que o esperado na China também contribuíram para a pressão de venda, após uma enxurrada de dados divulgados na semana passada ter indicado que a segunda maior economia mundial estava desacelerando mais rápido que o esperado.

Os traders de cobre ignoraram um movimento de flexibilização da política monetária por parte do Banco Central da China, no fim de semana.

O Banco Popular da China cortou o Depósito Compulsório, ou a quantidade de dinheiro que os bancos devem manter como reservas, de 20,5% para 20,0%, com data de vigência a partir de 18 de maio. Foi o terceiro corte em seis meses.

Uma desaceleração muito grande na China, segunda maior economia do mundo, pode prejudicar o crescimento global, que, por sua vez, já está hesitante em virtude das medidas de austeridade da Europa.

A China é o maior consumidor mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial no ano passado.

Na divisão Comex, o ouro para entrega em junho recuou 1,5%, para negociação a US$ 1.559,95 por onça-troy, a maior baixa desde 3 de janeiro, ao passo que a prata para entrega em julho caiu 2,1%, para negociação a US$ 28,27 por onça-troy, a maior baixa desde 3 de janeiro.

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