Futuros de ouro atingem baixas da sessão após dados otimistas de emprego

Investing.com – Os preços do ouro atingiram os níveis mais baixos da sessão nesta quinta-feira, após dados terem mostrado que a quantidade de pessoas que entraram na semana passada com pedido de seguro-desemprego nos EUA aumentou menos do que o esperado, ficando perto do nível mais baixo desde fevereiro de 2000.

Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros de ouro, com vencimento em junho, caíram US$ 8,70, ou 0,73%, sendo negociados a US$ 1.181,60 por onça-troy nas negociações norte-americanas da manhã, após terem atingido uma baixa da sessão de US$ 1.178,00.

Um dia antes, ouro caiu US$ 2,90, ou 0,24%, sendo negociado em US$ 1.190,30. Espera-se que os futuros encontrem apoio em US$ 1.168,40, a baixa de 1 de maio, e resistência em US$ 1.199,30, a alta de 5 de maio.

Também na Comex, os futuros de prata com vencimento em julho caíram 23,3 centavos, ou 1,41%, para US$ 16,27 por onça. Na quarta-feira, a prata caiu 7,3 centavos, ou 0,44%, para US$ 16,50.

O Departamento do Trabalho dos EUA informou na manhã de hoje que a quantidade de indivíduos que entraram com novo pedido de seguro desemprego aumentou na semana passada em 3.000, para 265.000, do total da semana anterior de 262.000, o menor nível em 15 anos. Os analistas esperavam que os pedidos de seguro-desemprego nos EUA aumentassem de 18.000 para 280.000 na semana passada.

O dólar norte-americano encontrou apoio após a dados otimistas. O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 0,35% para 94,53, no início do dia, após ter atingido uma baixa durante a madrugada de 93,98.

Os investidores estão aguardando um relatório sobre emprego nos EUA que será divulgado na sexta-feira, para mais indicações sobre a força da economia e quando as taxas dos EUA serão aumentadas. Os dados devem mostrar uma projeção de um ganho de 224.000 empregos em abril, após um aumento de apenas 126.000 em março.

Um relatório forte sobre o indicador NFP (nonfarm payrolls) dos EUA pode aumentar as expectativas relacionadas a quando o banco central pode começar a aumentar a taxa de juros, ao passo que um relatório fraco pode pesar sobre o dólar questionando o o argumento de uma alta antecipada na taxa de juros.

Relatórios econômicos recentes indicaram que a economia está desacelerando desde o início do ano, o que levou muitos investidores a reduzirem as expectativas quanto ao prazo de um aumento de taxa por parte do Banco Central dos EUA (Fed).

A queda geral nos preços dos títulos do governo também pesou sobre o ouro. O rendimento dos títulos de 10 anos da Alemanha atingiu uma nova alta de 2015 nesta quinta-feira, ao passo que o rendimento de 10 anos do tesouro dos EUA atingiu uma alta de dois meses.

Rendimentos mais elevados dos títulos diminuíram o apelo do ouro, uma vez que o metal precioso não paga os juros.

Os rendimentos dos títulos da zona do euro e dos EUA têm aumentado nas últimas sessões, uma vez que os receios contra a deflação diminuíram em meio a recuperação dos preços do petróleo e após a introdução do forte programa de flexibilização quantitativa (QE) do Banco Central Europeu.

Nas negociações de metais, o cobre com vencimento em julho caiu 0,8 centavos, ou 0,28%, para US$ 2,918 por libra. Na quarta-feira, os preços do cobre perderam 0,9 centavos, ou 0,31%, e ficaram em US$ 2,926.

Os preços permaneceram apoiados em meio a crescentes especulações de que os legisladores da China terão que inserir novas medidas de estímulo para alavancar a economia em meio a um crescimento medíocre.

A nação asiática é a maior consumidora mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial.