Investing.com - Os futuros de ouro lutaram para seguir um rumo nesta terça-feira, em meio à atual incerteza relacionada com a possibilidade de o Banco Central dos EUA (Fed) aumentar as taxas de juros na reunião de 16-17 de setembro.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o ouro com vencimento em dezembro subiu US$ 1,20, ou 0,11%, e foi negociado a US$ 1.122,60 por onça-troy, nas negociações da manhã em Nova York. Os mercados nos EUA fecharam em virtude do feriado do Dia do Trabalho.
O sentimento relacionado com o dólar estadunidense permaneceu frágil após o relatório de emprego de sexta-feira não ter fornecido muita clareza sobre quando o banco central dos EUA decidirá aumentar as taxas de juros de curto prazo.
A economia dos EUA adicionou 173.000 postos de trabalho no mês passado, abaixo das projeções de um aumento de 220.000 e desacelerando dos ganhos de 245.000 no mês anterior.
Mas a taxa de desemprego caiu até 5,1%, seu nível mais baixo desde abril de 2008, de 5,3% em julho, ao passo que a média salarial por hora subiu 2,2%, um nível mais forte que o esperado.
O momento para um aumento das taxas do Fed tem sido uma fonte constante de debate nos mercados nos últimos meses.
O ouro atingiu uma baixa de cinco anos e meio de US$ 1.072,30 no dia 24 de julho, em meio a especulações de que o Banco Central dos EUA (Fed) vai aumentar as taxas de juros em setembro, pela primeira vez desde 2006.
As expectativas de uma taxa de empréstimo maior no futuro são consideradas pessimistas para o ouro, uma vez que o metal precioso se esforça para competir com ativos de alto rendimento, quando as taxas de juros estão em ascensão.
Nas negociações de metais, o cobre com vencimento em dezembro subiu 8,5 centavos, ou 3,69%, e foi negociado a US$ 2,397 por libra na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex).
No início do dia, dados divulgados mostraram que as importações de cobre da China em agosto somaram 350.000 toneladas, pouco alterado em relação ao mês anterior, indicando que a demanda para o metal vermelho aumentou no mês passado apesar da recente turbulência no mercado.
O superávit comercial da nação asiática aumentou para US$ 60,2 bilhões no mês passado, de um superávit de US$ 43,0 bilhões em julho, em comparação com as estimativas de um superávit de US$ 48,2 bilhões.
As exportações caíram 5,5% em comparação com o ano anterior, melhor do que as expectativas para uma queda de 6,0%, ao passo que as importações recuaram 13,8%, bem pior do que as projeções para uma queda de 8,2%.
Os dados decepcionantes aumentaram as expectativas de uma maior flexibilização do banco central da China nos próximos meses.
Nesta terça-feira, os mercados acionários da China presenciaram outra sessão agitada que contou com fortes oscilações. O Shanghai Composite subiu mais de 4,5% na última hora do pregão, apagando as perdas da sessão, ficando em uma alta de 3%.
A volatilidade nos mercados de ações chineses nos últimos meses tem sido o principal tema nos mercados mundiais em meio a preocupações de que a segunda maior economia do mundo pode estar desacelerando mais do que o esperado.
A nação asiática é a maior consumidora mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial no ano passado.