O Ministério de Minas e Energia autorizou nesta 2ª feira (15.abr.2024) que mais duas empresas brasileiras negociem a compra de energia elétrica da Venezuela.
Com isso, a Tradener e a Bolt Energy se juntam a Âmbar Energia, licenciada desde novembro do ano passado, na lista de empresas com permissão de negociar energia elétrica venezuelana. Leia a íntegra das portarias aqui (PDF – 124 kB) e aqui (PDF – 124 kb)
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) permitiu a retomada da importação de energia elétrica da Venezuela para abastecer Roraima em dezembro de 2023. A permissão da Âmbar foi emitida via autorização do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico).
A abertura desse mercado tem como objetivo oferecer eletricidade mais barata ao único Estado que não é conectado ao SIN (Sistema Interligado Nacional).
A energia que as empresas brasileiras estão autorizadas a comprar é produzida na usina hidrelétrica de Guri. Roraima é abastecida majoritariamente por térmicas a diesel.
O retorno da compra de energia elétrica da Venezuela era um desejo antigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em discursos ao lado de líderes sul-americanos, Lula tem manifestado interesse em mais obras de infraestrutura que aumentem a integração entre os países da América do Sul.
Apesar de destacar em diversas oportunidades a necessidade de integrar a rede elétrica dos 2 países, em nenhum momento foi manifestado o desejo de costurar um longo acordo entre Brasil e Venezuela para abastecer Roraima. Isso porque o governo planeja integrar o Estado ao SIN até 2025.
Em agosto do ano passado, Lula assinou a ordem de serviço para início das obras da linha de transmissão que conectará Roraima ao SIN. Depois de concluída, a linha ligará o Estado à usina de Tucuruí, no Pará.