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Grãos: Soja cai para baixa de 7 semanas; interrupção russa em foco

Publicado 24.09.2012, 07:54
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Investing.com – Os contratos futuros norte-americanos de grãos apresentaram queda acentuada nas negociações europeias da manhã desta segunda-feira, com os preços da soja caindo para o menor nível desde o início de agosto em meio a preocupações menores com o ritmo da safra norte-americana.

Enquanto isso, os preços do trigo permaneceram sustentados pelas preocupações com a interrupção do abastecimento vindo da Rússia.

Os traders de grãos estavam aguardando a divulgação do relatório semanal atualizado sobre o progresso das safras, que deve ser divulgado pelo Ministério da Agricultura dos EUA após o fechamento das negociações de hoje, para avaliar a rapidez com a qual as safras norte-americanas de soja e milho estavam crescendo.

Na Bolsa Mercantil de Chicago, os contratos futuros de soja para entrega em novembro foram negociados a US$ 16,0588 por bushel, caindo 0,95%.

O contrato de novembro caiu até 1,7% no início da sessão, para US$ 15,9038 por bushel, a baixa diária e o nível mais fraco desde 8 de agosto.

Os preços da soja ficaram sob forte pressão de venda nas últimas sessões, perdendo quase 11% desde que atingiu uma alta recorde de US$ 17,8888 por bushel em 4 de setembro, quando os agricultores norte-americanos começaram a colher a soja em um ritmo mais rápido.

Cerca de 10% da safra de soja norte-americana foi colhida a partir de 16 de setembro, superior à média de cinco anos no total de 4% para esta época do ano.

Na sexta-feira, o Informa Economics, grupo influente de previsão de safras, estimou a área plantada de soja norte-americana em 2012 em 77,143 milhões de acres, acima da estimativa de 76,1 milhões de acres feita pelo Ministério da Agricultura dos EUA (USDA).

Enquanto isso, o Oil World, grupo do setor petrolífero, informou que o consumo mundial de soja cariá quase 3 milhões de toneladas na temporada de comercialização 2012-13 porque os preços estão contendo a demanda.

Em outros lugares, os contratos futuros de milho para entrega em dezembro foram negociados a US$ 7,4662 por bushel, recuando 0,15%. O contrato de dezembro estava estagnado em uma faixa estreita de negociação, entre US$ 7,4988 por bushel, a baixa diária, e US$ 7,4212 por bushel, a alta da sessão.

Os preços do contrato de milho deste mês caíram para uma baixa de dez semanas, a US$ 7,3912 por bushel, no dia 20 de setembro, após dados terem mostrado que a colheita de milho dos EUA estava acelerando num ritmo mais rápido que o previsto.

O USDA divulgará seu relatório semanal de progresso de safra no final do dia. Cerca de 26% da safra norte-americana de milho foi colhida a partir da semana passada, significativamente maior que os 8% registrados na mesma semana do ano anterior e acima da média de cinco anos de 9% para esta época do ano.

Os preços do milho atingiram uma alta recorde de US$ 8,4237 por bushel no dia 10 de agosto, uma vez que o mesmo clima quente e seco que alavancou a soja ajudou a alavancar os futuros de milho. Em todo os EUA, o milho é cultivado em muitas das mesmas regiões em que a soja é cultivada.

Enquanto isso, os futuros de trigo para entrega em dezembro foram negociados a US$ 8,9450 por bushel, recuando 0,3%. No início do dia, os preços caíram até 0,75%, para US$ 8,9038 por bushel, uma baixa da sessão.

Os participantes do mercado bloquearam os ganhos após os futuros de trigo terem subido 2,1% na sexta-feira depois que o ministro da economia da Rússia, Andrei Belousov, ter dito que o país poderia limitar as exportações de grãos no outono se os preços nacionais do grão subissem drasticamente.

No entanto, o vice-primeiro-ministro da Rússia, Arkady Dvorkovich, disse posteriormente que não havia nenhum plano de restringir as exportações.

Em 2010, a Rússia interrompeu a exportação de grãos em meio a uma seca severa, fazendo os compradores globais recorrerem aos estoques norte-americanos.

A Rússia é a principal exportadora de trigo e concorre com os EUA pelos negócios desse setor no mercado global. Uma interrupção nas exportações vindas do país pode aumentar a demanda pelos estoques norte-americanos, que é o terceiro maior produtor mundial de trigo e o maior exportador da fibra.

O milho é a maior safra norte-americana, no valor de US$ 66,7 bilhões em 2010, seguido pela soja, em US$ 38,9 bilhões, segundo estatísticas do governo. O trigo ficou em quarto lugar, valor de US$ 13 bilhões, atrás do feno.

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