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Greve na Petrobras não compromete meta se greve acabar em novembro, diz banco

Publicado 18.11.2015, 19:14
© Reuters.  Greve na Petrobras não compromete meta se greve acabar em novembro, diz banco
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RIO DE JANEIRO (Reuters) - A greve dos funcionários da Petrobras (SA:PETR4), que caminha para completar três semanas na quinta-feira, levanta preocupações no mercado, mas a meta anual de produção da companhia não deverá ficar comprometida se a paralisação for encerrada em breve, ainda que a extração de petróleo tenha sido decepcionante em outubro.

A paralisação dos petroleiros, que já não tem tanta adesão quanto no início, não afetaria de forma importante a meta de produção de petróleo no Brasil estabelecida para 2015, se a greve terminar antes do fim deste mês, afirmou nesta quarta-feira o Credit Suisse em nota a clientes.

A produção da petroleira no Brasil em outubro, que não foi afetada pela greve, foi de 2,10 milhões de barris de petróleo por dia (bpd), uma queda na comparação anual, informou na terça-feira a Petrobras.

Esse volume deixou a média dos primeiros dez meses do ano em 2,128 milhões de bpd. A meta do ano é de 2,125 milhões de bpd no país.

"Acreditamos que a greve dos petroleiros iniciada no início de novembro não vai comprometer significativamente a capacidade da empresa para atingir sua meta de 2015 de produção", afirmou o banco.

Para a avaliação, o Credit Suisse considera que a greve cause uma queda de 80 mil bpd em novembro, ante outubro, e que a empresa produza 2,13 milhões bpd em dezembro.

Dessa forma, o banco calcula que a Petrobras irá conseguir aumentar a produção ante 2014 em 4,2 por cento, ante um aumento projetado pela empresa de 4,5 por cento, que pode variar um ponto percentual para cima ou para baixo.

A empresa reafirmou recentemente que deverá atingir a meta de produção.

"Recordamos a investidores que o crescimento da produção não é um motor essencial para desalavancar a empresa neste momento, por isso não esperamos reações significativas no mercado na parte de trás desta notícia", comentou o Credit Suisse.

ENFRAQUECIMENTO DA GREVE

Até o momento, 10 dos 17 sindicatos de petroleiros interromperam a greve, depois que a Federação Única dos Petroleiros (FUP) aceitou proposta feita pela Petrobras e recomendou a suspensão do movimento.

A greve iniciou forte contra o plano de desinvestimentos da Petrobras. Mas a FUP concordou com uma proposta da petroleira de que seria criado um grupo de trabalho para discutir alternativas para a recuperação financeira da empresa.

Os sindicatos que permanecem em greve querem uma garantia de que não haverá punições e descontos de salário devido ao movimento.

Segundo cálculos do BTG Pactual (SA:BBTG11), a perda de produção com a greve em novembro até agora é de 1,975 milhão de barris, o que indica uma extração fraca neste mês. O BTG ainda qualificou como decepcionante o dado de outubro.

O Bank of America Merrill Lynch (BofA) ponderou em um relatório que o Sindipetro Norte Fluminense (Sindipetro-NF), que representa funcionários da Bacia de Campos, permanece em greve. A bacia é responsável pela produção de mais de 60 por cento da produção brasileira de petróleo.

Além do Sindipetro NF, também estão em greve o Sindipetro do Espírito Santo, também filiado à FUP; e outros cinco sindicatos filiados à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

"A permanência do movimento nas plataformas da Bacia de Campos continua a restringir a produção em 100 mil bpd ou cerca de 5 por cento da produção", frisou o banco, comentando números divulgados pela Petrobras na véspera.

"Em nossa opinião, esta (redução do número de grevistas) é uma melhoria, mas a situação continua a ser preocupante", afirmou o analista do BofA Frank McGann em um relatório.

O banco ainda destacou preocupação com limitações nas plataformas P-55 e P-62, no campo de Roncador, um dos principais campos produtores do Brasil.

(Por Marta Nogueira; com reportagem adicional de Paula Arendt Laier)

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