Hedgepoint reduz previsão de safra de café do Brasil para 64,1 mi sacas

Publicado 10.02.2025, 12:48
Atualizado 10.02.2025, 14:20
© Reuters. Cafén18/05/2012nREUTERS/Nacho Doce

Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - A safra total de café do Brasil 2025/26, que será colhida neste ano, foi estimada nesta segunda-feira em 64,1 milhões de sacas de 60 kg, com recuo de 1,7% na comparação com a previsão anterior, de acordo com estudo da Hedgepoint Global Markets.

A queda na expectativa para o maior produtor e exportador de café acontece com uma revisão para baixo na produção de grãos arábicas, apesar de um aumento na perspectiva da safra de canéforas (conilon e robusta).

Os preços do café arábica operavam em alta de cerca de 4% no início da tarde, mantendo a escalada e renovando recordes na bolsa ICE, para mais de 4 dólares por libra-peso, em parte refletindo a expectativa de menor produção esperada no Brasil este ano.

A safra de café arábica do Brasil 2025/26 foi estimada em 41,1 milhões de sacas, ante 42,6 milhões na previsão anterior, segundo a empresa especializada em gestão de risco e execução de hedge para os mercados agrícolas.

O volume estimado para o arábica indica uma redução de 4,9% em relação à estimativa para a safra anterior.

"A queda na produção de arábica em 25/26 reflete as menores estimativas para Sul de Minas, Zona da Mata e São Paulo, onde as chuvas ficaram abaixo da média. Além do clima, muitos produtores aumentaram as podas para priorizar a safra 26/27, o que também reduz a produção", explicou a analista de Inteligência de Mercado da Hedgepoint, Laleska Moda, em nota.

A menor oferta pode impactar as exportações do Brasil, que devem cair em comparação com os níveis recordes de 2024/25, notou a Hedgepoint.

A exportação de café arábica do Brasil foi estimada em 35,7 milhões de sacas, baixa de 3,6% na comparação com a temporada anterior, enquanto os embarques de canéforas são estimados em 11,9 milhões de sacas, alta de 4,2% na mesma comparação.

"Os estoques também podem começar o novo ciclo baixos, limitando novas vendas", acrescentou a especialista.

Segundo Laleska, no consumo interno, com preços elevados do arábica e canéfora mais barato, a expectativa é de que os torrefadores possam aumentar a presença de conilon nos blends.

CANÉFORAS

Já a safra de café canéfora do país foi prevista em 23 milhões de sacas, contra 22,6 milhões na previsão anterior, o que significaria um crescimento de 14,3% na comparação com a temporada passada.

"As perspectivas para o conilon são positivas. No Espírito Santo, Bahia e Rondônia, o clima foi favorável, e os investimentos dos produtores impulsionaram a safra 25/26", disse a empresa.

"Apesar disso, os estoques de passagem podem começar a nova safra em níveis historicamente baixos. Com a menor produção em outros países, como o Vietnã, projetamos um aumento nas exportações brasileiras de conilon, embora os estoques limitados possam restringir os embarques", disse a especialista.

"No mercado interno, esperamos que a diferença de preços entre arábica e conilon deve estimular um maior consumo da variedade", acrescentou.

 

(Por Roberto Samora)

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