Lula diz que decisão de reajustar diesel é da Petrobras e que estatal não precisa avisá-lo

Publicado 30.01.2025, 11:52
Atualizado 30.01.2025, 13:15
© Reuters. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e CEO de Petrobras, Magda Chambriard

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou nesta quinta-feira que é a Petrobras (BVMF:PETR4) que decide sobre a realização de reajustes nos preços de combustíveis em suas refinarias, não o chefe do Executivo, e que a companhia não precisa avisá-lo.

A declaração ocorre após reportagens na mídia terem afirmado nos últimos dias que Lula teria sido avisado pela presidente da Petrobras, Magda Chambriard, de que a estatal elevaria o preço do diesel e que o presidente teria dado seu aval, em uma reunião entre ambos na segunda-feira.

"Não autorizei aumento do diesel, quem autoriza o aumento é a Petrobras e não o presidente da República", disse Lula, em coletiva de imprensa com jornalistas no Palácio do Planalto.

"A Petrobras não precisa me avisar... Se achar que precisa fazer reajuste, ela faz e avisa a imprensa."

A Petrobras vem mantendo os preços do diesel cobrados em suas refinarias estáveis desde dezembro de 2023, enquanto tem adotado uma estratégia comercial que visa evitar repassar volatilidades internacionais ao mercado interno.

A estratégia da companhia também leva em conta seus ativos, logística e cotações internacionais, além de considerar questões relacionadas a participação de mercado, segundo informações anteriores passadas pela empresa.

Desde o último ajuste, o preço do diesel da companhia passou por períodos mais altos e mais baixos do que a paridade do preço de importação, segundo cálculos de especialistas. Atualmente, os preços estão mais baixos do que no exterior, segundo esses especialistas.

Regras do estatuto da Petrobras, incluídas nos últimos anos, impedem que a companhia tenha prejuízos para atender interesses do governo. Dessa forma, o governo não pode intervir diretamente na estratégia comercial da companhia de forma que a prejudique. A decisão de reajustar preços é da diretoria.

Na quarta-feira, houve uma reunião do Conselho de Administração, onde membros da companhia realizaram uma apresentação periódica e rotineira para atualizar sobre resultados da estratégia comercial sobre preços de combustíveis. Na ocasião, foi relatado que a estratégia comercial em 2024 foi cumprida, segundo duas fontes a par das discussões.

Uma das fontes adicionou que não foi anunciado nenhum reajuste na reunião. O conselho também não decide sobre preços de combustíveis.

As especulações sobre um eventual aumento nos preços do diesel ocorrem enquanto há esforços do governo para manter os preços dos alimentos baixos depois que o índice de aprovação de Lula caiu em um estudo recente.

(Por Lisandra Paraguassu em Brasília, com reportagem adicional de Marta Nogueira no Rio de Janeiro; Texto de Fernando Cardoso e Marta Nogueira)

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