Investing.com - Esta semana, traders de metais preciosos continuarão monitorando movimentos no dólar, um dos maiores fatores para o ouro, com a moeda americana, por sua vez tomando sua sugestão de expectativas em torno dos planos de política monetária do Federal Reserve.
Dados de terça-feira sobre a inflação dos preços ao produtor nos EUA, será observada de perto e se os números indicarem que as pressões inflacionárias estão esfriando, poderá haver um novo alívio das preocupações com a perspectiva de aumentos adicionais nos próximos meses.
O ouro é muito sensível a movimentos nas taxas norte-americanas, o que aumenta o custo de oportunidade de se ter ativos de baixo rendimento como o ouro.
Várias autoridades do Fed também estarão falando nesta semana, dando-lhes oportunidades adicionais para garantir aos observadores do mercado que eles adotarão uma abordagem paciente em relação à política monetária.
Os preços do ouro foram pouco alterados na sexta-feira, mas alcançaram o quarto ganho semanal consecutivo.
Contratos futuros de ouro fecharam em US$ 1.287,85 na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York com um ganho semanal de 0,29%.
O dólar subiu na sexta-feira, mesmo com a perspectiva do dólar permanecendo sombria em meio a sinais cautelosos do Fed sobre novos aumentos de juros.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, encerrou a sexta-feira em alta de 0,14%, para 95,25, mas registrou sua quarta queda semanal consecutiva.
Um dólar mais fraco pode ser positivo para commodities cotadas em moeda americana, tornando-os menos dispendiosos para os compradores detentores de outras moedas. Por outro lado, um dólar mais forte pode pesar nos preços.
O presidente do Fed, Jerome Powell, disse na quinta-feira que banco central seria paciente com a política de taxas.
Dados da sexta-feira mostraram os preços ao consumidor nos EUA, caíram pela primeira vez em nove meses em dezembro, o que provavelmente apóia observações recentes de vários formuladores de políticas, incluindo Powell, por cautela quanto ao aumento das taxas de juros este ano.
"Os recentes dados de inflação de todo o mundo apontam para uma perspectiva mais mansa quanto ao aumento dos preços nos próximos meses", escreveu Jim Wyckoff, analista sênior da Kitco Metals, em nota.
"Isso deve permitir que os bancos centrais mundiais sejam menos agressivos em suas políticas monetárias, o que seria um elemento de alta para os mercados de metais preciosos".
Quanto a outros metais preciosos, contratos futuros de prata terminaram a semana em US $ 15,6 a onça para encerrar a semana em baixa de 0,82%, saindo de três semanas de ganhos.
Entre metais de base, contratos futuros de cobre subiu 0,7% em US$ 2,656 na sexta-feira e ganhou 1,57% na semana.
Antes da semana que está por vir, a Investing.com compilou uma lista com estes e outros eventos significativos que podem afetar o mercado.
Segunda-feira, 14 de janeiro
Os mercados financeiros do Japão estarão fechados devido a um feriado.
A China deve divulgar dados sobre comércio e investimentos estrangeiros diretos.
A Nova Zelândia deve divulgar um relatório sobre confiança nos negócios.
Terça-feira, 15 de janeiro
No Reino Unido, os membros do parlamento devem realizar uma segunda tentativa de votar o acordo do Brexit a primeira-ministra Theresa May.
O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, deve falar em um evento em Estrasburgo.
Os EUA vai divulgar um relatório sobre a inflação dos preços ao produtor e o índice industrial da Empire também está disponível.
A presidente do Fed de Kansas City, Esther George, deve falar.
Quarta-feira, 16 de janeiro
A Austrália deve divulgar dados sobre o sentimento do consumidor.
O governador do Banco de Inglaterra, Mark Carney, deve testemunhar, juntamente com outros responsáveis políticos, sobre o Relatório de Estabilidade Financeira perante o Comitê Seleto do Tesouro.
O Reino Unido deve divulgar os dados de inflação dos preços ao produtor.
Quinta-feira, 17 de janeiro
Bancos centrais e ministros de finanças dos países do G20 devem realizar uma reunião de cúpula em Tóquio.
O governador do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, deverá falar na cúpula do G20.
A zona do euro deve publicar números revisados de inflação.
Os EUA devem publicar o relatório semanal sobre os pedidos iniciais de auxílio-desemprego, bem como o índice industrial do Fed da Filadélfia.
O governador do Fed, Randal Quarles, vai falar.
Sexta-feira, 18 de janeiro
A cúpula do G20 deve continuar pelo segundo dia.
O Reino Unido deve divulgar dados sobre as vendas no varejo.
O Canadá deve divulgar os números da inflação.
O presidente do Fed de Nova York, John Williams, deve falar.
Os EUA deverão fechar a semana com dados preliminares sobre o ânimo do consumidor.
- Reuters contribuiu com esta reportagem