Oferta de café represado em portos do Brasil por gargalos cai a 672 mil sacas, diz Cecafé

Publicado 24.02.2025, 12:50
Atualizado 24.02.2025, 12:55
© Reuters. Lavoura de café em Guaxupén18/02/2025.nREUTERS/Carla Carniel

SÃO PAULO (Reuters) - A oferta de café brasileiro que deixou de ser exportado em função de gargalos logísticos recuou para 672 mil sacas de 60 kg em janeiro, com corte de quase dois terços na comparação com o volume previsto em dezembro, de acordo com dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) junto a 23 empresas associadas.

Segundo nota do Cecafé nesta segunda-feira, a redução da disponibilidade de café na entressafra colaborou para que os volumes não embarcados por problemas logísticos recuasse, garantindo exportações ainda expressivas em janeiro.

A exportação total de café do Brasil somou 3,98 milhões de sacas em janeiro, redução de 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Cecafé.

Segundo o diretor técnico do Cecafé, Eduardo Heron, do volume total acumulado de 1,8 milhão de sacas que estava represado nos portos até dezembro de 2024, cerca de 1,2 milhão foi embarcado no mês passado.

"O (café) que estava parado nos portos até dezembro vem saindo aos poucos, pois o Brasil está em período de entressafra e com menor oferta disponível...", disse Heron.

"Contudo, nossos associados informaram que o cenário logístico, apesar de apresentar melhoras em janeiro por conta da oferta reduzida, permanece desafiador, com muitos entraves e despesas adicionais elevadas, não previstas, e que essa pseudo sensação de melhoria deve permanecer até a chegada da nova safra", explica.

Considerando o preço médio Free on Board (FOB) de exportação de US$336,33 por saca (café verde) e um dólar médio de R$6,0212 em janeiro, o não embarque desse café implicou que o Brasil deixou de receber, no mês passado, cerca de US$226,05 milhões, ou R$1,361 bilhão, nas transações comerciais do país, "levando ao menor repasse de receita para os produtores", disse o Cecafé.

Ainda de acordo com o entidade, a continuidade desses gargalos logísticos nos portos brasileiros faz com que os exportadores sigam acumulando prejuízos portuários, da ordem de R$6,1 milhões em janeiro de R$57,7 milhões no acumulado dos últimos oito meses, devido a gastos extras relacionados a armazenagens adicionais, detentions, pré-stacking e antecipação de gates.

 

(Por Roberto Samora)

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