Brasília, 22 - O Brasil poderá exportar bovinos vivos para Omã, informou o Ministério da Agricultura, em nota. A abertura de mercado com aprovação sanitária foi confirmada nesta quinta-feira, 22, durante missão da pasta ao país, após reunião entre o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa, e o subsecretário do Ministério da Agricultura de Omã.
Os animais poderão ser comercializados ao país árabe tanto para abate quanto para engorda.
De acordo com o ministério, o Brasil exportou US$ 488 milhões em bovinos vivos em 2023 para 23 países.
Para Omã, as exportações de produtos agropecuários brasileiros somaram cerca de US$ 330 milhões, aumento de 70% ante 2022. Os embarques foram puxados sobretudo pelas carnes, que representaram 55% do total comercializado para Omã.
No ano, o Brasil conquistou 15 novos mercados para produtos agropecuários. "A pedido do ministro (da Agricultura) Carlos Fávaro seguimos com nossa missão no Oriente Médio visitando alguns países com o objetivo de ampliar o comércio agrícola brasileiro, abrir novos mercados, obter aprovações para plantas pelo sistema de pré-listagem (eliminando a necessidade de auditorias locais) e negociar a importação de fertilizantes nitrogenados", disse Perosa na nota sobre a missão ao Oriente Médio.
Ainda nas reuniões na capital de Omã, Mascate, a comitiva do ministério debateu com o governo de Omã possibilidades de cooperação governamental e ampliação de parcerias comerciais, incluindo o programa de segurança alimentar Visão 2040 de Omã, o programa brasileiro de conversão de pastagens degradadas em áreas agricultáveis. Parcerias nos setores de fertilizantes, açúcar, grãos para alimentação animal, animais vivos, carne de frango e pescados também foram abordados.
A subsecretária de Promoção de Investimentos do Ministério do Comércio, Indústria e Investimentos de Omã, Ibtisam Ahmed Said Al Farooji, apresentou ao governo brasileiro o interesse de Omã em ampliar os investimentos no exterior, focando na segurança alimentar e no objetivo do país em se tornar um hub para a região, para o qual vê o Brasil como um parceiro.