(Reuters) - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) terá que ampliar seu corte de produção para sustentar uma recuperação dos preços, já que um renascimento na extração fora do grupo pode prejudicar seus esforços para reduzir estoques, mostrou uma pesquisa de analistas de mercado nesta sexta-feira.
Seis dos dez analistas consultados pela Reuters disseram acreditar que a Opep estenderá seus cortes de produção para além de junho deste ano, enquanto dois entendem que o grupo não precisava estender o acordo e outros dois disseram estar indecisos.
"Se a Opep estiver realmente perseguindo um objetivo de estoque, então é necessária uma extensão para a restrição da oferta atual", disse o analista do BNP Paribas (PA:BNPP), Harry Tchilinguirian.
"Mas, tendo em conta as recentes declarações dos produtores, sugerindo que uma rolagem dessa política é contingente à cooperação, a Opep enfrentará um dilema sobre o que fazer quando voltar a se reunir em maio", acrescentou Tchilinguirian.
Em seu relatório mensal na terça-feira, o grupo disse que os estoques de petróleo subiram em janeiro, apesar de um acordo global para cortar a oferta e elevou sua previsão para produção em 2017 de países que não pertencem ao grupo, sugerindo complicações no esforço para reduzir a sobreoferta.
Mas o grupo afirmou que os estoques começarão a cair graças ao corte de oferta e acrescentou que no segundo semestre do ano "o mercado deve começar a equilibrar ou até mesmo ver o início de uma redução nos estoques de petróleo".
(Por Vijaykumar Vedala em Bengaluru)