Investing.com – Os preços do ouro atingiram os níveis mais baixos da sessão hoje, após dados terem mostrado que os gastos pessoais aumentaram pela primeira vez em três meses, em fevereiro, ao passo que a renda pessoal superou expectativas.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros do ouro, com vencimento em junho, atingiram uma baixa da sessão de US$ 1.182,70 por onça-troy, o nível mais fraco desde 23 de janeiro, antes de serem negociados a US$ 1.184,80 nas negociações norte-americanas da manhã, caindo US$ 15,90, ou 1,32%.
Na sexta-feira, o ouro perdeu US$ 5,00 ou 0,41%, para US$ 1.200,70. Espera-se que os futuros encontrem apoio em US$ 1.178,60, a baixa de 23 de março, e resistência em US$ 1.220,40, a alta de 26 de março.
O Departamento de Comércio informou que os gastos pessoais avançaram 0,1% no mês passado, abaixo das expectativas para um ganho de 0,2%, ao passo que a renda pessoal subiu 0,4%, acima das projeções para um aumento de 0,3%.
Enquanto isso, o IPC avançou 0,1% em fevereiro, em consonância com as projeções. Em uma base anual, o índice de preços IPC subiu 1,4%, acima das projeções de 1,3%.
O Federal Reserve (Fed) utiliza o índice de preço PCE como uma ferramenta para ajudar a determinar a necessidade de aumentar ou reduzir as taxas de juros, com o objetivo de manter a inflação em uma taxa de 2% ou menor.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 0,5% para 98,11, no início do dia. Na semana passada, o índice caiu 0,66%, a segunda queda semanal consecutiva.
O ouro, muitas vezes, anda em direção oposta ao do dólar norte-americano, uma vez que os preços ficam mais caros para os compradores que utilizam outras moedas.
O dólar apresentou alta em relação ao euro e ao yen após a presidente do Banco Central dos EUA (Fed), Janet Yellen ter reiterado na sexta-feira que o banco provavelmente vai começar a elevar as taxas de juros ainda neste ano.
Na sexta-feira, os investidores estavam aguardando um relatório sobre emprego nos EUA na sexta-feira, para mais indicações sobre a trajetória futura da política monetária.
Um relatório forte sobre o indicador NFP (nonfarm payrolls) dos EUA pode somar-se às expectativas relacionadas a quando o Banco Central dos EUA (Fed) começará a elevar a taxa de juros, ao passo que um relatório fraco pode impulsionar o ouro apoiando o argumento de uma alta antecipada na taxa de juros.
Ouro atingiu uma baixa de quatro meses de US$ 1.141,60 no dia 17 de março, em meio a preocupações de que o Banco Central dos EUA (Fed) vai começar a aumentar suas taxas até junho, antes de subir em seis sessões consecutivas após o Fed ter projetado um ritmo mais lento na subida das taxas.
Na divisão Comex, os futuros de prata com vencimento em maio perderam 35,9 centavos, ou 2,1%, para US$ 16,71 por onça, ao passo que o cobre com vencimento em maio subiu 0,33%, para US$ 2,777 por libra.
O cobre permaneceu apoiado em meio a especulações de que as autoridades políticas da China farão mais para apoiar o crescimento após os comentários feitos pelo presidente do Banco Popular da China, Zhou Xiaochuan, no fim de semana.
A nação asiática é a maior consumidora mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial no ano passado.