Investing.com – Os preços do ouro recuperaram-se e atingiram uma alta de cinco semanas hoje, após relatos de que o Banco Central Europeu está considerando compras de títulos corporativos e pode se decidir sobre o assunto até dezembro.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o ouro com vencimento em dezembro atingiu uma alta diária de US$ 1.255,60 por onça-troy, um nível mais alto desde 10 de setembro.
Os preços estavam sendo negociados a US$ 1.253,50 durante as negociações europeias da manhã, subindo US$ 8,80, ou 0,71%.
Um dia antes, os preços do ouro subiram US$ 5,70, ou 0,46%, para US$ 1.244,70.
Espera-se que os contratos futuros de prata encontrem apoio em US$ 1.222,00, a baixa de 15 de outubro, e resistência em US$ 1.257,60, a alta de 10 de setembro.
A Reuters informou que o Banco Central Europeu (BCE) está analisando os planos de compra de títulos emitidos por essas empresas, ou de dívida corporativa, para ajudar a escorar o crescimento e aumentar a desaceleração da inflação na zona do euro.
O relatório informou que o BCE pode ativar o novo plano de estímulo em dezembro e iniciar compras de títulos no início do próximo ano.
O banco central iniciou a compra de títulos cobertos na segunda-feira, em uma tentativa de aumentar a liquidez na região.
As expectativas de estímulo monetário tendem a beneficiar o ouro, porque o metal é visto como um depósito seguro de valor e uma proteção contra a inflação.
Enquanto isso, os investidores continuaram especulando sobre quando as taxas nos EUA aumentarão, após um relatório ter mostrado que as vendas de imóveis usados nos EUA atingiram uma alta de 12 meses em setembro.
A Associação Nacional de Corretores (NAR) disse que as vendas norte-americanas de imóveis residenciais usados aumentaram no mês passado 2,4%, para um ajuste sazonal de 5,17 milhões de unidades, do total revisto de 5,05 milhões atingidos em agosto.
Os analistas esperavam que as vendas de imóveis residenciais usados nos EUA subisse 1%, para 5,10 milhões de unidades em setembro.
Os preços do ouro permaneceram apoiado em meio a especulações de um crescimento econômico global mais fraco do que esperado e seu efeito sobre a economia dos Estados Unidos pode fazer o Banco Central dos EUA (Fed) reduzir os aumentos das taxas de juros.
Uma demora no aumento das taxas de juros pode ser vista como um sentimento de alta para o ouro, por diminuir o custo relativo da compra do metal, que não oferece aos investidores qualquer pagamento semelhante e garantido.
Também na Comex, os futuros da prata, com vencimento em dezembro, subiram 25,4 centavos, ou 1,46%, para US$ 17,60 por onça-troy.
Nas negociações de metais, o cobre com vencimento em dezembro subiu 3,4 centavos, ou 1,12%, para US$ 3,022 por libra.
Dados oficiais divulgados no início do dia mostraram que a economia da China expandiu numa taxa anual de 7,3% no quarto trimestre, abaixo do crescimento de 7,5% no trimestre anterior.
Enquanto o número ultrapassou as expectativas do mercado de 7,2%, também foi a expansão mais lenta desde o primeiro trimestre de 2009.
Um relatório separado mostrou que a produção industrial na China cresceu por uma taxa anualizada de 8,0% em setembro, em comparação com as projeções de um aumento de 7,5%, após uma alta de 6,9% no mês anterior.
Investimentos em ativos fixos e as vendas no varejo foram mais fracos do que o esperado, indicando que a recuperação continua frágil e pode precisar de mais estímulo monetário.
A nação asiática é a maior consumidora mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial.