Investing.com - Os futuros do ouro ampliaram as perdas pelo oitavo pregão consecutivo nesta terça-feira, levando o metal amarelo para o nível mais baixo desde o início de fevereiro, em meio a crescentes expectativas entre os investidores de que o Federal Reserve elevará a taxa de juros em sua próxima reunião de política monetária na próxima semana.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York, contratos futuros de ouro chegaram a ter a onça troy negociada pela mínima do pregão de US$ 1.202,50, nível não visto desde 1 de fevereiro. A cotação era US$ 1206,40 às 8h45 em horário local (10h45 em horário de Brasília), queda de US$ 3,00, ou cerca de 0,3%.
O ouro spot tinha queda de US$ 1,70 e era cotado a US$ 1.206,60 a onça.
Operadores de futuros apostam em cerca de 90% de chances de aumento da taxa de juros em março na reunião do Fed de 14 a 15 de março, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com.
Investidores agora aguardam o relatório de emprego não-agrícola na sexta-feira para mais indicações da possibilidade de elevações da taxa este ano.
Apostas de um segundo aumento em setembro apontam 70% de chances atualmente, ao passo que as chances de um terceiro aumento em dezembro são vistas em 60%, alinhando expectativas do mercado com previsões atuais do Fed de três elevações da taxa básica de juros em 2017.
O metal precioso é sensível a movimentos nas taxas de juros dos EUA, que eleva o custo de oportunidade de manter ativos de baixo rendimento como o ouro já que o dólar é valorizado e a cotação é feita nesta moeda.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais moedas, apresentava pouca alteração ao se fixar em 102,11 no pregão matutino em Nova York, não muito distante da máxima em dois meses da semana passada de 102,27.
Títulos do tesouro tiveram pouca alteração, com o título {{23701|EUA a 2 anos}, que é sensível ao Fed, próximo do nível mais alto em mais de sete anos de 1,37%, enquanto o título EUA a 10 nos subia para 2,57%, nível mais alto desde dezembro.
Tanto um dólar forte quanto uma taxa de juros mais elevada são normalmente ruins para o ouro, que é cotado em dólar e luta para competir com ativos que geram rendimento quanto os custos do crédito aumenta.
Também sobre comércio exterior, contratos futuros da prata com vencimento em maio tiveram queda de US$ 0,04, ou 0,2%, e foram negociados a US$ 17,25 por onça troy, após chegarem a US$ 17,15, nível mais baixo desde 31 de janeiro.
Enquanto isso, a platina era negociada em leve baixa a US$ 946,30, enquanto o paládio caía 2,7% para US$ 750,23 a onça.
Ainda sobre comércio de metais, contratos futuros do cobre perderam US$ 0,029, cerca de 1,1%, chegando a US$ 2,571 por libra, valor mais baixo desde 10 de janeiro após dados da inflação chinesa traçarem um cenário confuso.
O índice de preços ao produtor da China subiu mais do que esperado, 7,8% em fevereiro em comparação com o ano anterior, o ritmo mais acelerado desde setembro de 2008.
Por outro lado, preços ao consumidor desaceleraram a partir do ano anterior em 0,8%, o ritmo mais lento desde janeiro de 2015, o que se deve principalmente a preços dos alimentos em queda.