O ouro fechou em alta nesta terça-feira, 10, mantendo-se próximo de sua máxima histórica conforme traders seguem em compasso de espera para a leitura da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos em agosto, que será divulgada na quarta-feira, 11. Com o dólar se movimentando de lado, sem grande valorização, o metal teve impulso para continuar a tendência de alta.
Nesta terça, o ouro para dezembro fechou em alta de 0,41%, a US$ 2.543,10 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Segundo analistas do Peak Trading, "Powell e o Federal Reserve (Fed) já garantiram um aumento de 25 pontos-base para a decisão de 18 de setembro", num referência ao presidente do Federal Reserve, o banco central norte-americano e a instituição sobre a política monetária dos EUA.
A questão agora é se o banco central optará por um corte maior de 50 pontos-base, eles acrescentam, e isso dependerá do dado do CPI na quarta, e depois da inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês), na quinta.
De acordo com a Capital Economics, o ouro pode enfrentar uma liquidação ainda este ano, embora tenda a voltar a subir em breve.
A consultoria destaca que a demanda chinesa por ouro e os cortes de juros iminentes pelo Fed impulsionaram os preços em 2024, mas agora ambos os fatores parecem já ter perdido o impulso, com as reduções das taxas já precificadas. A um nível tão elevado, a Capital espera uma liquidação em breve.
"Um potencial acordo de paz no Oriente Médio ou, sem dúvida, uma vitória de Kamala Harris na eleição dos EUA podem reduzir a demanda por refúgios seguros", escreve a Capital Economics, embora siga confiante de que o ouro deve chegar ao fim de 2025 com uma alta de cerca de 10%, negociado a US$ 2.750 a onça-troy.