O ouro fechou em alta tímida nesta quarta-feira, 7, depois de três pregões consecutivos em queda, porém com fôlego reduzido pelo dólar forte no exterior. Com temores por recessão nos EUA mais contidos, traders voltaram a comprar o metal como ativo de segurança.
Nesta quarta, o ouro para dezembro fechou em alta marginal de 0,03%, a US$ 2.432,40 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Segundo a SP Angel, os ganhos do ouro foram limitados pelo dólar americano, mas a alta foi impulsionada por uma demanda por refúgio, destaca a instituição, ao pontuar que as tensões seguem elevadas no Oriente Médio, diante de uma iminente investida do Hezbollah contra Israel.
Depois de encerrar uma série de sessões em baixa, a estabilização de preços é um alívio bem-vindo para os traders de ouro, que buscam por um mercado mais estável após a sequência de volatilidade, diz Ricardo Evangelista, analista sênior da ActivTrades. Ele avalia que - com a redução no medo de uma recessão nos EUA - os preços do ouro podem passar por uma recuperação, principalmente conforme o carry trade do iene japonês desacelera.
Após a venda emergencial de posições de ouro para cobrir perdas em outras partes do mercado, os investidores provavelmente se concentrarão na perspectiva do Federal Reserve (Fed), abrindo caminho para rendimentos mais baixos dos Treasuries e um dólar mais fraco, juntamente com a incerteza geopolítica - todos ventos favoráveis para o ouro, acrescenta Evangelista.
O analista de mercado do City Index Matt Simpson concorda com Evangelista ao prever que agora os preços do ouro devem se estabilizar. Mesmo assim, ele destaca que, no médio prazo, o ouro deve voltar a tocar máximas históricas, dado o contexto macroeconômico favorável. Simpson pontua que os preços do metal precioso resistiram bem à liquidação recente do mercado, diferente de outros metais, como o cobre, que teve um tombo mais acentuado.