O ouro fechou em queda e interrompeu a alta registrada por cinco sessões consecutivas. O metal precioso corrigiu nesta quarta-feira, 14, os ganhos recentes, pressionado pela mudança na precificação de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed), após divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.
O ouro para dezembro fechou em baixa de 1,12%, a US$ 2.479,70 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
O metal precioso começou a sessão em alta modesta, voltando a se aproximar do seu maior nível histórico, na máxima intraday a US$ 2.519,70 por onça-troy. Contudo, o movimento se desfez logo após a divulgação de leitura da inflação americana.
Os números do CPI dos EUA em julho vieram praticamente em linha com o esperado, provocando reações quase nulas nos mercados globais, avaliou a XS.com, em nota. "Os números não alimentaram a hipótese de um corte maior nas taxas em setembro, nem as preocupações com a saúde da economia dos EUA", apontou a corretora. Essa perspectiva pesou sobre o ouro, ao mesmo tempo em que ampliou a volatilidade de outros ativos de segurança, como juros dos Treasuries e o dólar.
Conforme a ferramenta de monitoramento do CME Group, o mercado vê agora probabilidade majoritária de o Fed iniciar cortes de juros com uma redução de 25 pontos-base em setembro. O ouro costuma ter uma relação inversa com os juros: taxas mais altas por mais tempo tendem a diminuir o apetite do investidor.
Em relatório, o TD Securities enfatiza que a expectativa de um relaxamento menos agressivo pelo Fed deve ser prejudicial para o ouro e nota que o posicionamento de investidores do metal está começando a se tornar "taticamente bearish". Segundo o banco de investimentos, após o anúncio do CPI, os mercado globais devem se concentrar no Jackson Hole como próximo catalisador potencial, em busca de sinais sobre os próximos passos do Fed.
*Com informações da Dow Jones Newswires