O ouro fechou próximo à estabilidade nesta sessão. A cotação foi pressionada pela valorização do dólar ante rivais, que deixa o metal mais caro para operadores de outra divisas, e pela alta nos juros dos Treasuries de longo prazo, que amplia a atratividade dos títulos públicos americanos entre os ativos de segurança.
O contrato do ouro para dezembro fechou em alta de 0,02%, em US$ 1.932,80 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
"O ouro está se aproximando das mínimas de agosto, mas, enquanto os retornos dos Treasuries não tiverem um grande movimento para cima, o nível de US$ 1.900 pode se sustentar", comentou o analista da Oanda Edward Moya.
Nesta sessão, os retornos da ponta longa dos Treasuries subiram após bateria de dados indicar resiliência do mercado de trabalho americano e aceleração da inflação, acrescentando incertezas sobre a trajetória de juros americanos a partir de novembro. A Oxford Economics, por exemplo, disse que os últimos dados de inflação ao produtor (PPI) dos EUA sugerem que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) adotará uma postura "hawkish", mesmo com pausa na decisão da semana que vem.
Uma "pausa dovish" no ciclo de alta de juros do Banco Central Europeu (BCE), como definiu o Nordea em relatório, também apoiou o dólar - sobretudo contra o euro, divisa com maior peso no índice DXY, que mede a força da moeda americana contra cesta de rivais.