Investing.com – Os futuros de ouro apresentaram alta hoje, uma vez que os investidores buscaram abrigo contra as grandes perdas no mercado de petróleo, em meio a temores persistentes com a desaceleração econômica global.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros de ouro, com vencimento em fevereiro, subiram US$ 14,30, ou 1,21%, sendo negociados a US$ 1.200,50 por onça-troy nas negociações norte-americanas da manhã, após atingirem um pico diário de US$ 1.202,00.
Na sexta-feira, o ouro caiu para US$ 1.167,30, o nível mais fraco desde 1 de dezembro, antes de subir e ser negociado em US$ 1.186,20, uma alta de US$ 2,10, ou 0,18%.
Espera-se que os futuros de gás natural encontrem apoio em US$ 1.167,30, a baixa de 2 de janeiro, e resistência em US$ 1.203,90, a alta de 31 de dezembro.
Também na Comex, os futuros da prata com vencimento em março subiram 41,7 centavos, ou 2,64%, para US$ 16,18 por onça-troy.
O euro atingiu uma baixa de nove anos em relação ao dólar em meio à incerteza sobre o futuro da Grécia na zona do euro, caso o partido de esquerda antiausteridade Syriza ganhe as eleições que devem ocorrer no final deste mês.
A moeda única também foi pressionada pelo aumento de expectativas de que o Banco Central Europeu implemente medidas de flexibilização quantitativa (QE) no início deste ano em uma tentativa de escorar economia da região.
Enquanto isso, os futuros de petróleo atingiram o nível mais baixo em mais de cinco anos, uma vez que os investidores empilharam suas posições vendidas antecipando preços mais baixos em meio a persistentes preocupações com um crescente excesso de oferta.
Os preços do petróleo Brent negociados em Londres caíram US$ 2,56, ou 4,55%, ficando em US$ 53,86 por barril, ao passo que petróleo WTI caiu US$ 1,94, ou 3,68%, atingindo US$ 50,75, um nível não visto desde maio de 2009.
Nesta semana, os investidores estarão voltando a atenção ao relatório de sexta-feira do indicador NFP (nonfarm payrolls) dos EUA em busca de mais indicações sobre a força da recuperação do mercado de trabalho. A ata da reunião de quarta-feira do Banco Central dos EUA (Fed) também será observada de perto.
O ouro perdeu aproximadamente 2% em 2014, em meio a indicações de um fortalecimento da recuperação econômica dos EUA forçará o Banco Central (Fed) a começar a elevar as taxas de juros mais cedo e mais rápido do que se pensava anteriormente.
As expectativas de uma taxa de empréstimo maior no futuro são consideradas pessimistas para o ouro, uma vez que o metal precioso se esforça para competir com ativos de alto rendimento, quando as taxas de juros estão em ascensão.
Nas negociações de metais, o cobre com vencimento em março perdeu 5,0 centavos, ou 1,79%, para US$ 2,767 por libra.
O metal vermelho despencou aproximadamente 18% em 2014, uma vez que as preocupações com as perspectivas para a economia mundial e o impacto sobre as perspectivas da demanda futura de cobre reduziram o apelo da commodity.
O índice do dólar, que avalia o dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, avançou 0,3%, uma alta de nove anos de 91,75, impulsionado pela perspectiva política divergente entre o Banco Central dos EUA (Fed) e os bancos centrais da Europa e Japão.