Países da UE devem aprovar primeira retaliação contra tarifas dos EUA

Publicado 09.04.2025, 07:42
Atualizado 09.04.2025, 07:45
© Reuters. Carros da Volkswagen Group para exportação aos EUA em Emden, Alemanhan02/04/2025. REUTERS/Wolfgang Rattay/File Photo

Por Philip Blenkinsop

BRUXELAS (Reuters) - Os países da União Europeia devem aprovar nesta quarta-feira as primeiras contramedidas do bloco contra as tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, juntando-se à China e ao Canadá na retaliação e na escalada de um conflito que pode se tornar uma guerra comercial global.

A aprovação ocorrerá no dia em que as tarifas "recíprocas" de Trump sobre a UE e dezenas de países entram em vigor, incluindo tarifas de 104% sobre a China, ampliando seu ataque tarifário e estimulando vendas mais generalizadas nos mercados financeiros.

O bloco de 27 nações enfrenta tarifas de importação de 25% sobre aço, alumínio e automóveis, bem como as novas tarifas mais amplas de 20% para quase todos os outros produtos, de acordo com a política de Trump de atingir os países que, segundo ele, impõem altas barreiras às importações dos EUA.

A Comissão Europeia, que coordena a política comercial da UE, propôs na segunda-feira tarifas extras, em sua maioria de 25%, sobre uma série de importações dos EUA em resposta específica às tarifas norte-americanas de metais. A Comissão ainda está avaliando como responderá aos impostos sobre automóveis e outros.

As importações incluem motocicletas, aves, frutas, madeira, roupas e fio dental, de acordo com um documento visto pela Reuters. Elas totalizaram cerca de 21 bilhões de euros no ano passado, o que significa que a retaliação da UE será contra produtos de valor inferior aos 26 bilhões de euros de exportações de metais da UE afetados pelas tarifas dos EUA.

Elas entrarão em vigor em etapas - em 15 de abril, 16 de maio e 1º de dezembro.

Um comitê de especialistas em comércio dos 27 países da UE votará na tarde desta quarta-feira sobre a proposta da Comissão, que só será bloqueada se uma "maioria qualificada" de 15 membros da UE, representando 65% da população da UE, votar contra.

Esse é um evento improvável, uma vez que a Comissão já consultou os membros da UE e refinou uma lista inicial em meados de março, removendo laticínios e bebidas alcoólicas dos EUA.

Os principais exportadores de vinho, França e Itália, expressaram preocupação depois que Trump ameaçou o vinho e as bebidas alcoólicas da UE com uma tarifa de 200% se a UE prosseguir com sua tarifa planejada de 50% sobre o bourbon.

Trump já respondeu às contratarifas de Pequim anunciadas na semana passada, quase dobrando as taxas sobre as importações chinesas. A China prometeu "lutar até o fim".

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