Investing.com - Os preços do petróleo ampliaram os ganhos no pregão norte-americano desta quarta-feira, subindo para os níveis mais fortes da sessão, após dados terem mostrado que a oferta de petróleo nos EUA caiu pela quarta semana consecutiva.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo com vencimento em novembro subiu 64 centavos, ou 1,43%, e foi negociado a US$ 45,31 por barril, às 10h35 ET (14h35 GMT). Os preços, que ficaram em torno de US$ 45,40 antes da divulgação dos dados sobre as reservas, subiram para US$ 45,77 imediatamente após o relatório.
A Energy Information Administration (EIA) dos EUA disse em seu relatório semanal que as reservas de petróleo bruto dos EUA caíram em 1,882 milhão de barris na semana encerrada em 23 de setembro. Os analistas do mercado esperavam que as reservas de petróleo ganhassem em 3,0 milhões de barris, ao passo que o American Petroleum Institute relatou na terça-feira uma queda de 752.000 de barris.
De acordo, as reservas em Cushing, Oklahoma, o ponto de entrega do petróleo da Nymex, caiu em 631.000 barris na semana passada.
As reservas totais de petróleo dos EUA ficaram em 502,7 milhões de barris desde a semana passada, fato considerado pela EIA como "níveis historicamente elevados para esta época do ano".
O relatório também mostrou que os estoques de gasolina caíram 2,027 milhões de barris, em comparação com as expectativas para um ganho de 178.000 barris.
Para as reservas de destilados incluindo diesel, a EIA relatou uma queda de 1,915 milhão de barris.
Na ICE Futures Exchange de Londres, os futuros de petróleo Brent com vencimento em dezembro subiram 62 centavos, ou 1,3%, sendo negociados a US$ 47,12 por barril, uma vez que os investidores aguardavam para ver se algum acordo sobre a produção seria aproveitado da reunião dos principais produtores de petróleo na Argélia.
Os membros da OPEP, liderados pela Arábia Saudita e outros grandes exportadores do Oriente Médio, como o Irã e o Iraque, participarão de uma reunião informal com os produtores não OPEP, liderados pela Rússia, no Fórum Internacional de Energia na Argélia, às 14h GMT (10h ET) nesta quarta-feira.
Havia esperança de que os principais produtores mundiais de petróleo poderiam concordar com um possível acordo de congelamento da produção no último momento que apoiaria o mercado.
No entanto, de acordo com especialistas do mercado, as chances de que a reunião renderia qualquer ação para reduzir o excesso mundial pareceram mínimas. Em vez disso, a maioria acredita que os produtores de petróleo continuarão monitorando o mercado e, possivelmente, adiará as negociações para o congelamento até a reunião oficial da OPEP em Viena, em 30 de novembro.
Uma tentativa conjunta de congelar os níveis de produção no início deste ano falhou após a Arábia Saudita ter recuado em decorrência da recusa do Irã de participar da iniciativa, ressaltando a dificuldade dos rivais políticos em chegar a um consenso.