Os contratos futuros de petróleo encerraram o dia em alta, após operarem a maior parte do pregão no vermelho, reagindo a renovadas especulações a respeito de um possível novo corte de produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que se reúne na próxima semana.
O barril do petróleo WTI para janeiro fechou em alta de 1,26% (US$ 0,96), a US$ 77,24 na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o do Brent para fevereiro avançou 0,21% (US$ 0,18), a US$ 83,89 na Intercontinental Exchange (ICE).
Os protestos na China neste fim de semana contra a política de covid-zero mantiveram os contratos de petróleo em território negativo a maior parte do tempo hoje. O rápido avanço da doença no gigante asiático, associado às turbulências políticas, ampliaram os temores dos investidores de um maior desequilíbrio entre oferta e demanda, diante dos crescentes riscos á economia mundial.
Segundo a Rystad Energy, apesar dos lockdowns, a demanda por petróleo na China ainda está resiliente. "Até agora, a última rodada de bloqueios parece imitar as anteriores, com o tráfego rodoviário nacional afetado apenas marginalmente, enquanto províncias selecionadas passam por bloqueios comparativamente severos para tentar suprimir os surtos de covid', diz. "No entanto, os protestos de rua contra os bloqueios em várias partes do país são uma novidade e podem se tornar uma fonte de novos transtornos nos próximos dias", complementa.
Também neste fim de semana, o governo americanos liberou licença para que a Chevron (BVMF:CHVX34)(NYSE:CVX) explore petróleo na Venezuela. A decisão, entretanto, deverá ter impacto limitado na oferta no curto prazo.
O mercado segue na expectativa por uma definição sobre um teto de preços, depois que as tratativas entre membros do G7 e da União Europeia não chegaram a um acordo na semana passada.