O petróleo fechou em queda nesta sexta-feira, 10, encerrando a semana com perdas, em meio a preocupações sobre a demanda global pela commodity apesar da continuidade de tensões geopolíticas.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para junho fechou em baixa de 1,26% (US$ 1,00), a US$ 78,26 por barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para julho caiu 1,30% (US$ 1,09), a US$ 82,79 por barril. Na semana, o WTI teve alta modesta de 0,19%, enquanto o Brent recuou 0,20%.
Os preços do petróleo subiam no período da manhã, mas inverteram sinal após leitura preliminar da Universidade de Michigan apontar deterioração no sentimento do consumidor dos Estados Unidos e aumento nas expectativas de inflação.
Economista do Jefferies, Thomas Simons observa que o pico dos preços do petróleo e da gasolina em abril pode ter contribuído para a piora nas expectativas de inflação dos consumidores americanos, mas projeta que as cotações devem continuar desacelerando nos próximos meses.
Em relatório, o Commerzbank nota que os preços do petróleo foram particularmente pressionados nesta semana por preocupações com a demanda na China e nos Estados Unidos.
O banco alemão destaca que as importações chinesas da commodity desapontaram, enquanto o potencial de exportações do país indica possibilidade de aumento na oferta do óleo.
"Os preços do petróleo devem continuar sob pressão até a próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+)", projeta o Commerzbank.
Ainda, o número de poços e plataformas de petróleo em operação nos EUA caiu para 496, segundo relatório da Baker Hughes. A contagem de plataformas "está ganhando maior atenção depois que a percepção de cortes na produção dos EUA colocou um alerta no mercado" afirmou o Mizuho, em nota.
Alguns especulam que a produção doméstica poderia cair sob pressão dos níveis de perfuração, acrescenta o banco.
*Com informações da Dow Jones Newswires