Os contratos futuros do petróleo fecharam em leve queda, nesta terça-feira, após pregão volátil. A variante Delta do coronavírus tem preocupado investidores por todo o globo, desestimulando ativos de risco como o óleo. Mesmo o enfraquecimento do dólar antes rivais, que tende a apoiar a busca pela commodity por detentores de outras moedas, não foi suficiente para assegurar altas.
O barril do petróleo WTI com entrega prevista para setembro fechou em baixa de 0,36% (US$ 0,26), a US$ 71,65, na New York Mercantile Exchange (Nymex). O Brent para outubro, por sua vez, fechou em queda de 0,24% (US$ 0,18), a US$ 73,52 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
As preocupações renovadas sobre as restrições de mobilidade e, consequentemente, no consumo nos países, por conta da disseminação da cepa delta do coronavírus, foi o gatilho para a queda dos preços do petróleo, na análise do Commerzbank.
No entanto, como novas restrições não foram impostas, a variante delta aparenta ter perdido "muito do seu fator de susto para o mercado do petróleo", segundo o analista Carsten Fritsch. As esperanças agora, de acordo com o analista, estão ancoradas no avanço das campanhas de vacinação e na expectativa de que o pico de infecções passe em outros países, como ocorreu na Índia e no Reino Unido.
Além da covid-19, o aumento na oferta de petróleo foi responsável pela queda de preços da commodity, ainda que de forma limitada, diz o analista. Fritsch relembra que, apesar da maior disponibilidade prometida pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) nos próximos meses, um excesso de oferta só é uma ameaça em 2022. "O mercado de petróleo continua ligeiramente com falta de oferta ..., o risco de uma superoferta só aconteceria no próximo ano, caso a Opep+ siga com os aumentos de produção que está planejando implementar em 2022".