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Petróleo fecha em queda e despenca na semana, pressionado por delta e dólar forte

Publicado 06.08.2021, 13:16
Atualizado 06.08.2021, 17:11
© Reuters.  Petróleo fecha em queda e despenca na semana, pressionado por delta e dólar forte
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Os contratos futuros do petróleo fecharam a última sessão da semana em baixa de cerca de 1%, despencando entre 6% e 7% em relação ao nível de sete dias atrás. A commodity apresentou comportamento volátil e subiu durante parte desta sexta-feira, com o forte relatório de empregos dos Estados Unidos (payroll) de julho elevando o apetite por risco de investidores. Temores com a variante delta do coronavírus e o fortalecimento do dólar, no entanto, fizeram com que o óleo firmasse queda pela tarde.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para setembro recuou 1,17% (-US% 0,81), a US$ 68,28, cedendo 7,67% no acumulado semanal. Já o Brent fechou em queda diária de 0,83% (-US$ 0,59) e semanal de 6,24% na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 70,70 o barril.

No centro das observações de operadores nas últimas sessões, a disseminação da cepa delta em algumas das maiores economias mundiais - e a adoção de novas restrições para conter as infecções - seguiu no foco do mercado de commodities. Após a China ter decidido isolar regiões do país para realizar testes da covid-19 em seus cidadãos, notícias preocupantes chegam de Inglaterra e Estados Unidos.

No país europeu, a agência de saúde pública local afirmou que a taxa de infecções pela variante delta é semelhante entre pessoas vacinadas e não vacinadas no país. O órgão, no entanto, disse que é cedo para tirar conclusões. Já nos EUA, algumas das maiores companhias do país estão adiando o retorno de seus funcionários aos escritórios, enquanto a United Airlines se juntou a diversas outras empresas ao obrigar seus colaboradores a se vacinarem contra a covid-19.

Os desenvolvimentos nos contratos de petróleo nesta semana sugerem que o recente rali do óleo desde os seus níveis mais baixos provocados pela pandemia parece ter atingido seu pico, segundo avalia a Capital Economics. A consultoria britânica estima que os preços vão se estabilizar daqui até o fim do ano, antes de começar a recuar em 2022.

Apesar da crise sanitária ter sido o principal driver do dia, a criação de 943 mil postos de trabalho nos EUA em julho elevou o apetite por risco de investidores, dando suporte ao petróleo na manhã desta sexta-feira. O movimento, porém, não se sustentou, à medida que o payroll também fortaleceu o dólar, o que torna os contratos da commodity mais caros e, portanto, menos atraentes a operadores que negociam com outras divisas.

Hoje, a Baker Hughes, empresa que presta serviços ao setor de energia, informou que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA subiu dois na última semana, a 387.

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