Petróleo fecha em queda por tomada de lucros, após contratos subirem

Publicado 16.04.2021, 13:48
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Os contratos de petróleo fecharam em baixa nesta sexta-feira, 16, em ritmo de ajuste após subirem mais de 6% na semana. O movimento se deu a despeito de indicadores econômicos positivos na China, incluindo o Produto Interno Bruto (PIB) do país para o primeiro trimestre, divulgados no fim da noite de ontem.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI com entrega prevista para junho, que é agora o contrato mais líquido, fechou em baixa de 0,50% (-US$ 0,32), cotado a US$ 63,19 o barril. Na semana, contudo, o contrato acumulou alta de 6,45%. Já o Brent para o mesmo mês caiu 0,25% (-US$ 0,17) hoje, a US$ 66,77 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). No acumulado semanal, houve avanço de 6,07%.

Os contratos da commodity energética chegaram a subir nas primeiras horas da sessão de hoje, repercutindo o crescimento de 18,3% do PIB chinês no primeiro trimestre deste ano, na comparação anual, além de outros indicadores econômicos do gigante asiático. O movimento, porém, não se sustentou diante da tomada de lucros por investidores, segundo o presidente da Strategic Energy and Economic Research Michael Lynch, em comentários à Dow Jones Newswires.

Para o analista, a alta nas projeções para a demanda global por petróleo este ano da Agência Internacional de Energia (AIE) e a forte queda nos estoques da commodity nos EUA, além do recuo além do esperado nos pedidos de auxílio-desemprego na maior economia do mundo, foram os principais drivers para o óleo na semana.

Durante um evento sobre mudanças climáticas, o presidente da distrital de Dallas do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Robert Kaplan, afirmou que, mesmo com a recuperação dos preços de petróleo, a produção americana não deve crescer tanto em 2021. Ele projeta uma alta a, no máximo, 11,5 milhões de barris por dia (bpd), ante os 11 milhões de bpd na última semana, segundo informou o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês)americano.

A pandemia de covid-19, contudo, segue como um risco analisado pelo mercado. Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom afirmou que a taxa global de infecção por coronavírus está "próxima dos maiores níveis vistos desde o início" da crise sanitária, à medida que o número de novos casos por semana dobrou nos últimos dois meses, segundo ele.

Investidores também acompanham o avanço das tratativas entre Irã e potências globais pela retomada do acordo nuclear de 2015. Hoje, o país do Oriente Médio começou pela primeira vez a enriquecer urânio a 60% de pureza, em resposta ao recente ataque sofrido por sua principal instalação nuclear.

No noticiário do setor de energia, a Baker Hughes informou uma alta no número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA, a 344 na última semana.

*Com informações de Dow Jones Newswires

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