Os contratos futuros do petróleo fecharam o pregão desta sexta-feira, 8, em alta, no maior nível em dez meses. A commodity acumulou ganhos em uma semana marcada pela decisão da Arábia Saudita de cortar sua produção em 1 milhão de barris por dia nos dois primeiros meses do ano. Notícias promissoras sobre a vacinação da covid-19 e perspectivas de estímulos fiscais nos Estados Unidos também apoiaram os preços.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para fevereiro subiu 2,77%, a US$ 52,24 o barril, com alta de 7,67% na comparação semanal. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para março avançou 2,96%, a US$ 55,99 o barril, e registrou ganho de 8,08% na semana. Os dois contratos alcançaram o maior nível desde março de 2020.
"O petróleo continua bem apoiado à medida que nos aproximamos do final da semana, o que não deve ser uma grande surpresa, dado o resultado otimista da reunião da Opep+ no início da semana", dizem analistas do ING em um relatório enviado a clientes no início do pregão.
A decisão da Arábia Saudita de cortar a produção em 1 milhão de barris por dia em fevereiro e março vem em um momento de aceleração da pandemia de covid-19 e a implementação de novos lockdowns em países da Europa.
A perspectiva de expansão fiscal nos EUA também impulsiona a commodity energética. Depois de os democratas terem conquistado as duas vagas da Geórgia no Senado, garantindo o controle da Casa, o presidente eleito, Joe Biden, disse nesta sexta que irá propor um novo pacote fiscal trilionário.
De acordo com o Commerzbank, o avanço do processo de vacinação da covid-19 no mundo também aumenta o apetite dos investidores por commodities.
No período da manhã, o Reino Unido aprovou o uso emergencial da vacina da Moderna, o terceiro imunizante para o coronavírus autorizado no país.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), por sua vez, recomendou que o intervalo entre as duas doses do imunizante da Pfizer pode ser estendido para seis semanas. Além disso, um estudo preliminar indicou que o produto da farmacêutica americana é eficaz contra as novas variantes do vírus.