Investing.com – Ao contrário de outros ativos, como futuros americanos, Bitcoin, o petróleo tem ficado de fora dos chamados ‘Trump Trades’, referência às negociações que podem ser favorecidas com um novo mandato do republicano na presidência dos Estados Unidos. Com um dólar mais forte em repercussão às eleições, a commodity de energia é pressionada, no entanto.
Mesmo com as falas de Donald Trump que destacam favorecimento de políticas relacionadas ao petróleo nos EUA, a força da moeda americana faz com que as commodities denominadas no dólar se tornem mais caras para aqueles que possuem outras moedas, afetando a relação entre a oferta e demanda.
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Além disso, o mercado de petróleo estaria menos suscetível a interferências políticas domésticas americanas, na opinião de Norbert Rücker, chefe de economia e pesquisa de próxima geração do Julius Baer.
O grupo suíço argumenta que haveria menor sensibilidade à flexibilização da regulamentação, com a dinâmica de mercado sendo baseada nas forças competitivas.
“Na verdade, a competitividade e as perspectivas de crescimento do xisto enquadram nossa previsão de longo prazo de uma âncora de preço do petróleo em meados dos US$60. “
Apesar disso, a vitória trumpista teria efeitos marginais, na opinião do especialista, mas ainda haveria incertezas sobre como as políticas americanas podem influenciar o cenário externo, notadamente no Oriente Médio. “Se o passado servir de guia, os riscos de escalada não parecem maiores do que hoje”, entende Rücker.
Além disso, o petróleo estaria em queda diante da “ideia de que Trump pode acelerar um cessar-fogo no Oriente Médio e promessa de incentivar a produção doméstica de energia”, na opinião de Andressa Durão, economista do ASA.
Às 10h16 (de Brasília) Petróleo WTI Futuros, referência nos Estados Unidos, apresentava queda de 3%, a US$69,83, e o Petróleo Brent Futuros perdia 2,78%, a US$73,43.