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Investing.com – Os preços do petróleo registravam leve queda na manhã desta terça-feira, após os fortes ganhos na sessão anterior, com investidores avaliando o impacto de um aumento menor que o previsto na produção da Opep+ a partir do próximo mês.
Às 7h45 de Brasília, os contratos futuros do petróleo Brent para setembro recuavam 0,11%, negociados a US$ 65,41 por barril, enquanto os futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI) registravam a mesma variação, cotados a US$ 61,63.
Os dois principais benchmarks haviam subido mais de 1% na segunda-feira, revertendo parte das perdas da semana anterior, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados concordarem em ampliar a produção de forma moderada, movimento que reduziu o receio de um rápido aumento da oferta global.
Mercado acompanha decisão da Opep+ e monitora risco de excesso de oferta
A coalizão Opep+, que inclui a Rússia, anunciou um acréscimo de aproximadamente 137 mil barris por dia, mantendo o ritmo gradual estabelecido em outubro. A postura prudente foi interpretada pelos traders como um sinal de que o grupo continua priorizando a estabilidade dos preços em detrimento da recuperação de participação no mercado.
“O grupo segue cuidadoso em relação à ampliação de sua fatia de produção no mercado global, diante das projeções de um possível superávit no quarto trimestre e em 2026”, afirmaram analistas do ING em relatório.
No mês anterior, a Agência Internacional de Energia (AIE) havia estimado um excedente recorde em 2026, caso a Opep+ mantivesse o ritmo atual de aumento de oferta e países fora do cartel, como Estados Unidos e Brasil, continuassem expandindo a produção.
A agência também apontou que a oferta global pode crescer mais de 2 milhões de barris por dia no próximo ano, enquanto o consumo tende a avançar de forma modesta diante da desaceleração econômica na China e na Europa.
Tensões geopolíticas entre Ucrânia e Rússia sustentam o petróleo
O petróleo recebeu suporte adicional após novos ataques ucranianos à infraestrutura energética da Rússia. Segundo relatos, drones atingiram refinarias em Kirishi e Ryazan, interrompendo operações de refino e restringindo as exportações russas de combustível.
Paralelamente, a paralisação do governo dos Estados Unidos, em vigor desde 1º de outubro, tem adiado a divulgação de indicadores econômicos relevantes, o que mantém o mercado em compasso de espera quanto aos próximos passos do Federal Reserve.
Essa falta de visibilidade vem reduzindo o otimismo recente no setor, sobretudo porque a paralisação gera preocupações sobre eventuais impactos mais amplos na economia norte-americana.