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Petróleo perto de alta de 3 meses com dados dos EUA em foco

Publicado 16.08.2012, 04:45
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Investing.com – Os contratos futuros de petróleo caíram nas negociações europeias de flutuação limitada da manhã desta quinta-feira, mas permaneceram apoiados perto da alta de três meses da última sessão, uma vez que os investidores estavam aguardando uma série de dados norte-americanos, a ser divulgada na tarde de hoje, na tentativa de avaliar a força da economia dos EUA.

As expectativas atuais de novas medidas de flexibilização na China também deram suporte à commodity.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros de petróleo leve doce para entrega em setembro foram negociados a US$ 94,03 o barril durante as negociações europeias da manhã, caindo 0,3%.

Os preços ficaram estagnados em uma faixa estreita entre US$ 94,61 , a alta diária, e US$ 93,94 por barril, a baixa da sessão.

Na quarta-feira, os preços do petróleo negociado em Nova York atingiram US$ 94,90 por barril, o maior nível desde 15 de maio, após o Ministério de Minas e Energia dos EUA ter informado em seu relatório semanal que os estoques de petróleo bruto caíram 3,7 milhões de barris na semana passada, mais que o esperado, para atingir uma baixa de quatro meses de 366,2 milhões de barris.

Dados divulgados na quarta-feira mostraram que a produção industrial nos EUA cresceu mais que o esperado no mês de julho.

Os dados foram divulgados um dia após um relatório ter mostrado que as vendas no varejo dos EUA quebraram em julho a barreira dos quatro meses consecutivos de queda, subindo 0,8%, superando as previsões de um aumento de 0,3% e reduzindo as expectativas de outra rodada de flexibilização quantitativa por parte do Fed.

Mas os investidores permaneceram cautelosos depois que os dados divulgados ontem mostraram que um índice da atividade manufatureira em Nova York entrou em território de contração no mês de agosto, pela primeira vez desde outubro de 2011.

Os participantes do mercado também estão focados nos dados norte-americanos, a serem divulgados na tarde de hoje, numa tentativa de avaliar a força da recuperação econômica dos EUA e a necessidade de mais estímulo.

Os EUA devem publicar dados oficiais sobre os alvarás de construção, bem como dados semanais do governo sobre os pedidos de auxílio-desemprego. O país também deve divulgar dados oficiais sobre a construção de casas novas e um relatório sobre a atividade manufatureira na região da Filadélfia.

Os EUA são o maior consumidor mundial de petróleo, responsáveis por quase 22% da demanda global de petróleo.

Os preços do petróleo encontraram mais apoio após o premiê chinês Wen Jiabao ter dito, na quarta-feira, que a inflação reduzida fornece “espaço para que a operação de política monetária” estimule o crescimento na segunda maior economia do mundo.

As observações somaram-se às especulações atuais de que os decisores políticos em Pequim reduzirão as exigências de reserva dos bancos ou a taxa básica de juros novamente após a inflação ter caído para uma baixa de 30 meses no mês de julho.

Este ano, o Banco Popular da China baixou duas vezes até agora as duas taxas em um esforço para impulsionar o crédito e estimular o crescimento.

O país asiático é o segundo maior consumidor mundial de petróleo, perdendo apenas para os Estados Unidos.

Temores renovados quanto à violência cada vez maior na Síria e tensões persistentes entre o Irã e o Ocidente também vêm apoiando os preços nas últimas sessões.

Na ICE Futures Exchange, os contratos futuros de petróleo Brent para entrega em outubro caíram 0,25%, para US$ 114,00 por barril, com o spread entre os contratos Brent e de petróleo bruto ficando em US$ 19,97 por barril.

Os preços do petróleo Brent negociado em Londres atingiram US$ 114,77 na quarta-feira, a maior alta desde 4 de maio.

Os preços do petróleo Brent encontraram apoio nas últimas sessões, apresentando recuperação de quase 22% das baixas atingidas em junho, em meio a preocupações cada vez maiores com a redução nos estoques na região do Mar do Norte e após a divulgação das sanções lideradas pelo Ocidente contra as exportações do petróleo iraniano, em 1º de julho.

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