Investing.com - O preço do petróleo fechou em queda com a realização de lucros após a commodity alcançar o maior valor em quase dois meses e o mercado segue com sentimento de alta com o receio de que tensões geopolíticas atrapalhem a oferta global.
Em Nova York, o contrato futuro do WTI para entrega em maio cedeu 1,3% para fechar a US$ 64,30 o barril, enquanto o Brent, em Londres, recuou 0,7% a US$ 69,00 o barril.
Os preços falharam em manter mais um dia de ganhos e indicaram um momento de realização de lucros após o WTI ter avançado mais de 3% nesta semana. O clima ficou mais positivo ontem com a surpreendente redução nos estoques dos EUA.
A agência de energia do país mostrou uma queda de 2,6 milhões de barris na semana encerrada no dia 16 de março, contra expectativas do mercado de aumento em 2,6 milhões de barris.
Os investidores também tomaram uma posição mais bullish com a possibilidade de que o presidente dos EUA, Donald Trump, tome uma ação mais dura contra o Irã na rediscussão do acordo nuclear.
O Morgan Stanley (NYSE:MS) disse prever um mercado “sub-ofertado” em 2018, reduzindo dos estoques globais.
“Em 12 de maio, o governo dos EUA deverá decidir sobre a renovação da suspensão das sanções ao Irã. Dependendo do resultado, isso poderá afetar as exportações do Irã, incluindo, possivelmente, a retirada de algumas centenas de milhares de barris por dia do mercado”, disse o banco.
No texto, o Morgan Stanley cita ainda uma redução adicional na produção da Venezuela como um fator para sustentar uma alta dos preços.
“Qualquer restrição imposta pelos EUA sobre as exportações para os EUA ou de importações de petróleo da Venezuela pode reduzir a produção global”, disse.
No radar dos investidores segue o aumento da produção dos EUA, que alcançou o recorde de 10,4 milhões de barris/dia na semana passada, o que faz do país o segundo maior produtor global, à frente da Arábia Saudita. A Rússia produz 11 milhões de barris/dia e lidera o ranking global.