Investing.com - Os preços do petróleo foram negociados perto dos níveis mais baixos em mais de uma década nesta segunda-feira, uma vez que uma maior turbulência no mercado acionário chinês somou-se às preocupações sobre a economia do país asiático.
O Shanghai Composite Index fechou em queda de 5,3%, o índice composto de Shenzhen despencou 6,6% e o índice CSI300 perdeu 5%, apesar dos esforços de Pequim de estabilizar o mercado. Na semana passada, o Shanghai Composite perdeu todos os seus ganhos de 2015, com queda de 10% em apenas cinco dias.
Os participantes do mercado estão preocupados com que a queda no mercado de ações se espalhe para outras partes da economia, provocando temores de que a demanda da nação pelo petróleo caia.
A China é o segundo maior consumidor de petróleo do mundo depois dos EUA e tem sido o motor do fortalecimento da demanda.
Na ICE Futures Exchange de Londres, o petróleo Brent com vencimento em fevereiro caiu 82 centavos, ou 2,42%, sendo negociado a US$ 33,11 por barril, às 08h45min. GMT, ou às 03h45min. ET, após ter recuado para uma baixa da sessão de US$ 32,83. No dia 7 de janeiro, os preços atingiram US$ 32,16, um nível não visto desde abril de 2004.
Os futuros de Brent negociados em Londres caíram US$ 4,30, ou 10,01%, na semana passada, uma vez que um colapso no mercado de ações da China e uma rápida depreciação do yuan atingiram o sentimento dos investidores.
Em outros lugares, o petróleo com vencimento em fevereiro na New York Mercantile Exchange (Nymex) caiu 62 centavos, ou 1,88%, sendo negociado em US$ 32,53 por barril. Anteriormente, os preços tinham caído para US$ 32,25, não muito longe da baixa de 13 anos de US$ 32,10 alcançada na semana passada.
Na semana passada, os futuros de petróleo negociados em Nova York recuaram US$ 4,44, ou 10,48%, a 11ª semana de perdas nas últimas 13.
Enquanto isso, a diferença do contrato de Brent sobre o West Texas Intermediate ficou em 58 centavos, em comparação com uma diferença de 39 centavos no fechamento do pregão da sexta-feira.
A produção mundial de petróleo está superando a demanda após um crescimento na produção de óleo de xisto dos EUA e após a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo no ano passado de não cortar a produção, a fim de defender a sua quota de mercado.
A maioria dos analistas de mercado espera que o excesso mundial piore neste ano, devido ao aumento de produção na América do Norte, Arábia Saudita e Rússia.
O problema de excesso de oferta será agravado uma vez que o Irã retorna ao mercado mundial de petróleo no início do próximo ano, após as sanções impostas pelo Ocidente terem sido suspensas. Os analistas dizem que o país poderia rapidamente aumentar a produção em cerca de 500.000 barris, somando-se ao excesso de petróleo que ajudou na queda dos preços.