Lula pede que Trump reflita sobre importância do Brasil e negocie tarifas
Investing.com – Os preços do petróleo registraram forte alta nesta segunda-feira, apoiados pelo acordo comercial entre Estados Unidos e União Europeia, que reduziu o risco de novas tarifas e elevou as expectativas de maior demanda global por energia.
Às 09h30, o contrato futuro do Brent para setembro avançava 1,8%, cotado a US$ 68,86 por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) ganhava 1,9%, negociado a US$ 66,38.
A recuperação ocorre após os dois referenciais atingirem na sexta-feira o menor nível em três semanas, movimento provocado por projeções de aumento na oferta de petróleo da Venezuela.
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Acordo comercial entre EUA e UE reforça otimismo
O sentimento no mercado de petróleo melhorou com a divulgação de um acordo abrangente entre Washington e Bruxelas, que estabelece tarifa de 15% para produtos europeus nos EUA, abaixo dos 30% inicialmente previstos.
O entendimento inclui compromissos da UE de importar US$ 750 bilhões em energia dos EUA ao longo dos próximos anos, além de compras bilionárias de equipamentos militares norte-americanos e investimentos adicionais de US$ 600 bilhões no país.
A redução das tensões comerciais tende a estimular a atividade econômica global e o fluxo de comércio, fatores que aumentam a demanda por energia para transporte e indústria.
A cláusula energética do acordo também fortalece a perspectiva de maior demanda futura por exportações dos EUA, em especial gás natural liquefeito e petróleo.
Com isso, o mercado de petróleo acompanha uma melhora na percepção de risco, mesmo que os agentes mantenham atenção ao prazo de 1º de agosto estabelecido por Trump para novas tarifas, buscando sinais mais claros sobre a política comercial americana.
Oferta da Opep+ segue no radar
Os ganhos permanecem contidos diante das expectativas de maior oferta global.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) deve promover um aumento gradual da produção em agosto, enquanto a Venezuela pode retomar exportações diante de uma eventual flexibilização das sanções impostas pelos EUA.
Analistas do ING destacaram em nota que, apesar do efeito positivo do acordo comercial sobre o sentimento, a partir de agora a atenção do mercado se volta para a definição da política de produção do grupo a partir de setembro.
Um comitê técnico da Opep+ se reúne ainda hoje para avaliar o mercado antes do encontro oficial marcado para 3 de agosto, que decidirá os níveis de produção.
Segundo o ING, é esperado que a Opep+ conclua até o fim de setembro a recomposição de 2,2 milhões de barris por dia relativos aos cortes voluntários adicionais, o que significaria um aumento mínimo de 280 mil barris por dia em setembro, com possibilidade de ajuste mais agressivo.
Expectativa por decisão do Fed e indicadores
No cenário macroeconômico, investidores também monitoram a reunião do Federal Reserve, que começa nesta terça-feira e deve manter a taxa básica de juros inalterada.
O mercado aguarda sinais sobre eventuais cortes de juros ainda em 2025 e acompanha indicadores importantes a serem divulgados nesta semana, entre eles o índice PCE de junho e o relatório de emprego de julho.
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