Por Geoffrey Smith
Investing.com -- A União Europeia confirmou a sua intenção de interromper todas as importações de petróleo e produtos derivados russos até o final do ano, na sua medida mais extrema até agora a fim de exercer pressão econômica sobre a Rússia e encerrar sua guerra na Ucrânia.
Os preços do petróleo subiram em reação à notícia, antecipando o aumento da concorrência mundial pelos fornecimentos não russos à medida que os compradores europeus buscam entregas de substituição. Por volta das 13h23, os futuros do petróleo WTI, negociado em Nova York, e referência de preços nos EUA, subiam 3,94%, a US$ 106,44 por barril, enquanto os futuros do Brent, cotado em Londres e referência mundial de preços, apresentavam alta de 3,70%, a US$ 108,85 por barril.
Como parte do seu sexto pacote de sanções, o bloco disse que também irá expulsar o Sberbank (MCX:SBER), o maior banco da Rússia, além de outros credores da rede SWIFT de transferências internacionais, aumentando ainda mais o isolamento do país em relação ao sistema financeiro internacional.
As ações eram amplamente esperadas após a Alemanha, a maior economia da UE e o maior Estado-Membro em termos de população, terem abandonado a sua oposição ao embargo na semana passada.
Pelos termos das medidas, a UE irá encerrar as importações de petróleo bruto no prazo de seis meses e as importações de produtos derivados até o final de 2022. O prazo ligeiramente mais longo para os produtos de refino se deve ao maior nível de dependência da Rússia no caso particular do diesel.
Falando ao Parlamento da UE, a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, não deu nenhuma indicação imediata em relação a possíveis exceções às novas regras, apesar de relatos anteriores de que a Hungria e a Eslováquia, cujos complexos energéticos foram criados na era soviética para serem completamente dependentes dos oleodutos da URSS, teriam permissão para prosseguir com as importações.