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Por Peter Nurse
Investing.com – Os preços do petróleo registravam firme alta nesta segunda-feira, recuperando-se após um trimestre de perdas, diante da expectativa de que a Opep+ reduzirá consideravelmente sua produção, a fim de respaldar o mercado, impactado por preocupações com a queda da demanda provocada por uma desaceleração do crescimento global.
Às 12h30 (horário de Brasília), o petróleo norte-americano avançava 4,23%, a US$ 82,88 por barril, enquanto o Brent se valorizava 88,26%, a US$ 88,19 por barril, no mercado futuro.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, grupo conhecido como Opep+, cogitava realizar um corte de produção de mais de um milhão de barris por dia (mbpd), antes da sua reunião desta quarta-feira, segundo reportagem da Reuters, citando fontes.
Se isso se concretizar, na primeira reunião presencial do grupo neste ano, essa seria a maior redução de oferta desde a pandemia, aprofundando o corte de 100.000 barris por dia realizado no mês passado.
O bloco mostrou nervosismo com a forte queda dos preços durante o último trimestre, quando o barril de petróleo norte-americano recuou 23%, e o de Brent, 25%, em relação aos níveis do final de junho. A alta dos juros nos EUA, o dólar mais caro e a perspectiva de uma desaceleração mundial pesaram sobre os preços nas últimas semanas.
“Esse seria o maior corte de produção do grupo desde o pico da Covid”, disseram analista do ING, em nota. “No entanto, se o grupo anunciar uma redução de cerca de 1 mbpd, é importante lembrar que o cartel já está produzindo bem abaixo das suas cotas, portanto, o corte real seria bem menor.”
O que também estava ajudando a alçar o mercado petrolífero era a recente fraqueza da moeda americana, já que o índice dólar acumula uma queda de quatro dias consecutivos, após atingir seu patamar mais alto em duas décadas na semana passada. O petróleo, assim como a maioria das commodities, é denominado em dólares, cuja desvalorização o torna mais barato para detentores de outras divisas.
Além do mercado petrolífero, o setor de gás enfrenta uma incerteza “sem precedentes” neste inverno no Hemisfério Norte, bem como em 2023, já que as oscilações no abastecimento da Rússia estão impulsionando os preços e gerando transtornos nos fluxos, de acordo com um novo relatório da Agência Internacional de Energia, divulgado nesta segunda-feira.
“A perspectiva para os mercados de gás permanece nebulosa, por conta da ação inescrupulosa e imprevisível da Rússia, que destruiu sua reputação como fornecedora confiável”, afirmou Keisuke Sadamori, diretor de mercados de energia e segurança da AIE.
A Gazprom, gigante russa do setor de energia, aumentou a incerteza, ao suspender o abastecimento de gás para a Itália no fim de semana, dizendo que não recebeu a autorização para o fluxo do gasoduto através da Áustria.