Por Yasin Ebrahim
Investing.com – Os preços do petróleo dispararam segunda-feira, em função da queda do dólar e de sinais de que a China está conseguindo lidar com a variante delta da Covid-19, aliviando os receios de um longo retrocesso na demanda por energia alimentada por viagens.
Os futuros do petróleo para entrega em outubro na New York Mercantile Exchange tiveram ganhos de US$ 3,50, fechando em US$ 65,64 por barril, enquanto na Intercontinental Exchange de Londres, o Brent avançou US$ 3,57, encerrando a US$ 68,75 por barril.
A China, o maior consumidor de energia do mundo, não relatou novos casos da Covid-19 pela primeira vez desde julho, aliviando os receios dos investidores quanto a um retrocesso prolongado na demanda de viagens e energia.
"As próximas semanas vão revelar se as restrições de viagens impostas na China e em outros países do Pacífico Asiático realmente vão ter um impacto tão grande na demanda de combustível como o desempenho dos preços da semana passada sugere", afirmou o Commerzbank em relatório.
O Goldman Sachs estimou que o impacto do aumento das restrições em função da pandemia na China reduziu a demanda por petróleo em cerca de 1 milhão de barris por dia.
"As preocupações da China são particularmente pronunciadas em conversas com investidores de cobre e petróleo, com nossos colegas de Commodities estimando um impacto de 0,7 milhão (de barris por dia) sobre a demanda por petróleo a partir do aumento das restrições na China", o Goldman Sachs (NYSE:GS) afirmou em relatório.
Além de sinais positivos no front da pandemia na China, o dólar mais fraco também ajudou a elevar os preços do petróleo depois que o apetite por risco tomou os mercados.
O índice do dólar futuro, que mede a divisa americana contra uma cesta ponderada das seis principais moedas, subiu 0,56%, para 92,99.
O dólar mais fraco torna o petróleo, cotado na moeda americana, mais atraente em outras divisas, impulsionando a demanda.
Entretanto, as apostas dos investidores quanto aos preços do petróleo parecem sugerir que ainda está em aberto se a direção de alta é a trajetória mais provável do petróleo. Os dados de posicionamento mais recentes mostram que os investidores estão reduzindo suas apostas bullish no petróleo.
Gestores de recursos cortaram suas posições líquidas longas em futuros do petróleo WTI e em opções na semana encerrada em 17 de agosto, segundo afirmou a Commodity Futures Trading Commission (CFTC), dos Estados Unidos, na sexta-feira.
A posição líquida dos longs em WTI recuou em 8.634 contratos em relação à semana anterior, para 274.968 contratos, segundo os dados registrados pela CFTC.