Por Enrico Dela Cruz e and Min Zhang
(Reuters) - Os contratos futuros do coque e do carvão metalúrgico negociados na China atingiram nesta segunda-feira seus limites diários de alta de 8% e renovaram máximas recordes, à medida que rumores de mercado sobre uma suspensão das importações de carvão da Mongólia em função da pandemia de Covid-19 alimentaram temores de uma oferta mais restrita das matérias-primas siderúrgicas.
Os contratos mais negociados do carvão coque e do coque na bolsa de commodities de Dalian, para janeiro de 2022, escalaram máximas de 2.421 iuanes (373,01 dólares) por tonelada e 3.053,50 iuanes por tonelada, respectivamente.
À medida que o mercado se agitava com a suposta suspensão por duas semanas das importações de carvão provenientes da Mongólia, uma autoridade alfandegária da região autônoma da Mongólia Interior afirmou à Reuters que todas as atividades seguiam normais e que não haviam recebido qualquer aviso oficial para interromper as importações da commodity.
"A tendência atual de oferta apertada de carvão coque segue dando firme suporte ao coque", disseram analistas da Sinosteel em nota.
O contrato mais negociado do minério de ferro em Dalian, para janeiro de 2022, fechou em queda de 1,1%, a 757 iuanes/tonelada, girando em torno de uma mínima de sete meses e meio, à medida que os controles de produção de aço e as restrições causadas pela Covid-19 na China pesam sobre o entusiasmo do mercado.
Na bolsa de Singapura, o contrato mais ativo do minério de ferro, para setembro, recuava 1,5%, a 136,60 dólares a tonelada.
"A perspectiva de menor produção dos altos-fornos no segundo semestre de 2021 frente ao primeiro agora é uma realidade, embora os embarques de minério de ferro da Austrália continuem decepcionando", disse Atilla Widnell, diretor-gerente da Navigate Commodities, que mantém um alvo de médio prazo de 140 dólares a 170 dólares/tonelada (CFR) para entrega à China.