Investing.com - Preços do ouro caíam à mínima de uma semana no início das negociações desta quinta-feira, já que investidores aguardavam dados sobre renda pessoal e gastos pessoais, que incluem as dados da inflação das despesas de consumo pessoal, a métrica preferida do Fed para a inflação, na busca de novas indicações sobre a possível trajetória da política monetária.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York, contratos futuros de ouro atingiram a mínima durante a noite de US$ 1.280,90 a onça troy, pior nível desde 22 de novembro, e estavam cotados a US$ 1.282,21 por volta das 06h00, com pouca alteração a partir do fechamento da sessão passada.
Os preços do ouro caíram 1% na quarta-feira, pressionados por dados positivos de crescimento dos EUA no terceiro trimestre e pela visão otimista da economia de Janet Yellen, presidente do Fed.
A economia norte-americana ganhou força neste ano, crescendo em taxa anualizada de mais de 3% em cada um dos últimos dois trimestres. O Departamento de Comércio divulgou sua segunda leitura do PIB dos EUA no terceiro trimestre, que mostrou que a economia expandiu em taxa anualizada de 3,3%, ritmo mais rápido em três anos.
Pouco após a divulgação dos dados, Janet Yellen, presidente do Fed que deixará o cargo, disse aos líderes do Congresso em sua última apresentação marcada no Capitólio, que a economia norte-americana ganhou força neste ano e irá garantir continuação dos aumentos das taxas de juros em meio a uma recuperação global.
O banco central norte-americano deverá realizar sua última reunião do ano de política monetária em 12 e 13 de dezembro, com futuros da taxa de juros agora apostando em cerca de 100% de chances de um aumento das taxas em dezembro, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com.
No entanto, os mercados parecem duvidar da capacidade do banco central elevar as taxas tanto quanto o desejado no ano que vem devido a preocupações com a perspectiva lenta de inflação.
O ouro é muito sensível a movimentos nas taxas norte-americanas, o que aumenta o custo de oportunidade de se ter ativos de baixo rendimento como o metal amarelo, ao passo que se impulsiona o dólar, moeda na qual o metal é cotado.
O calendário desta quinta-feira ainda trará dados sobre renda pessoal e despesas pessoais em outubro, que incluem os dados da inflação das despesas de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês), a métrica preferida do Fed para inflação, que serão divulgados às 11h30.
O consenso das projeções indica que o relatório mostrará que o núcleo do índice de preços PCE subiu 0,2% no mês passado. Em base anual, espera-se que o núcleo dos preços PCE tenha subido1,4%.
O Fed utiliza o núcleo PCE como ferramenta para ajudar a determinar se eleva ou abaixa as taxas de juros com o intuito de manter a inflação na taxa de 2% ou abaixo disso.
Enquanto isso, a reforma tributária norte-americana permanece em foco. Republicanos no Congresso se movimentaram na quarta-feira para reformular seu projeto de lei sobre impostos para satisfazer legisladores preocupados com quanto essa reforma aumentaria o déficit federal, já que a medida avança para uma votação no Senado nesta semana.
A falta de condução clara manteve o ouro manteve o ouro entre US$ 1.265 e US$ 1.300 por onça durante novembro, sua margem mais estreita de negociação em 12 anos. Ainda assim, o ouro está se dirigindo ao seu primeiro mês de ganhos desde agosto, tendo subido 1% em novembro.
Em outras negociações de metais, contratos futuros de prata avançavam US$ 0,02, ou 0,1%, para US$ 16,47 a onça troy, a platina subia 0,5% para US$ 946,20, ao passo que o paládio tinha alta de 0,4% e estava cotado a US$ 1.012,77 a onça.
Enquanto isso, Contratos futuros do cobre recuavam US$ 0,003, ou 0,1%, para US$ 3,065 a libra, já que preocupações com a demanda na China, principal consumidor, levavam investidores a vender o metal vermelho.