Por Geoffrey Smith
Investing.com - Os preços do petróleo caíam na terça-feira (30), com a expansão de medidas mais rígidas de saúde pública nos EUA intensificando o medo de novas medidas de bloqueio, enquanto uma queda assustadora da gigante Royal Dutch Shell (LON: RDSa) lembrou o mercado dos desafios que ainda estão por vir.
Às 11h51 (horário de Brasília), os contratos futuros de petróleo dos EUA caíam 0,5%, a US$ 39,48 por barril, enquanto o benchmark internacional Brent caía 0,9%, a US$ 41,48.
Os contratos futuros de gasolina estavam em US$ 1,2026 por galão.
As perspectivas de demanda estavam ainda mais nubladas nos EUA pela reintrodução de medidas de saúde pública mais restritivas em partes do país. Vários municípios da Califórnia e da Flórida fecharam suas praias no fim de semana de 4 de julho devido ao forte aumento de novas infecções pela Covid-19 nas últimas duas semanas. Os estados de Kansas e Oregon, enquanto isso, impuseram a exigência de usar máscaras em espaços públicos fechados.
A demanda de gasolina nos EUA já parece estar enfraquecendo à medida que o vírus recupera a força. Dados preliminares do aplicativo Pay With Gasbuddy sugerem que a demanda de gasolina nos EUA caiu 9% na semana passada, de acordo com Patrick de Haan, analista da empresa.
Fora dos EUA, a Royal Dutch Shell seguiu a rival BP (NYSE:BP) ao anunciar grandes prejuízos de ativos, revisando suas expectativas de preços nos próximos três anos. A empresa disse que não espera que os preços do petróleo retornem a US$ 60 por barril até 2023. A Shell também disse que espera margens de refino de longo prazo em 30% abaixo de antes da pandemia.
E os preços também foram pressionados por relatos de que a Líbia poderá em breve retomar as exportações de petróleo, depois de um hiato de seis meses causado pela guerra civil do país. A companhia petrolífera nacional da Líbia havia reclamado na semana passada sobre mercenários russos bloqueando seu maior campo.
Em um lado mais positivo, a Platts relatou que a Saudi Aramco (SE:2222) e a companhia nacional de petróleo dos Emirados Árabes Unidos estavam tentando aumentar seus preços de venda oficiais para agosto, algo que reflete a confiança de que o mercado físico retornará ao equilíbrio até lá.