Por Geoffrey Smith
Investing.com - Os preços do petróleo caíam de suas máximas na quinta-feira (3), com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo adiando o início de uma reunião-chave para coordenar seus níveis de produção com os aliados liderados pela Rússia, no que foi considerado um sinal preocupante de diferenças remanescentes entre os principais produtores.
Às 11h05 (horário de Brasília), os futuros do petróleo dos EUA caíam 0,4%, a US$ 45,12 o barril, enquanto os futuros do Brent, a referência internacional de petróleo, caíam 0,2%, a US$ 48,14 o barril.
Os futuros da gasolina nos EUA subiam 0,1%, a US$ 1,2415 o galão.
Antes da reunião, notícias relataram que a Rússia - cuja aprovação é crucial para qualquer acordo - havia sugerido reduzir os atuais cortes de produção em 500.000 barris por dia todos os meses, algo que deixaria a produção do bloco 'Opep +' em cerca de 1,5 milhão de barris por dia a mais no final de março.
O mercado havia assumido que o bloco manteria a produção no nível atual por três meses, evitando o compromisso de restaurar 1,9 milhão de barris por dia de produção a partir de 1º de janeiro.
A Rússia é supostamente apoiada pelos Emirados Árabes Unidos, membro da Opep, e pelo Cazaquistão, não pertencente ao grupo. Outros membros da Opep, como a Líbia, não estão cobertos pelo acordo e, portanto, não enfrentam restrições para aumentar a produção.
Dado que a forte alta dos preços no último mês é um poderoso incentivo para os países produzirem em excesso, alguns analistas acham que um pequeno aumento será aprovado, nem que seja para legitimar o aumento da oferta e preservar uma aparência de disciplina em todo o bloco.