Investing.com - Embora os preços do petróleo tenham subido no comércio overnight, enquanto a OPEP disse que cortou a oferta em cotas mais profundas do que o esperado, o otimismo diminuiu na sexta-feira em direção ao maior declínio semanal em um mês. Preocupações sobre o fraco crescimento econômico e aumento da produção de xisto superou as expectativas de que o cartel possa manter o excesso de oferta global sob controle.
Os contratos futuros de petróleo bruto WTI, negociados em Nova York, tinham queda de 18 centavos, ou 0,39%, a US$ 45,70 o barril às 8h05
Além disso, contratos futuros de petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, foram negociados em baixa de 44 centavos, ou 0,81%, para US $ 53,91, também abaixo de 10% na semana.
Os preços subiram rapidamente durante a noite, quando o secretário-geral da OPEP, Mohammad Barkindo, disse em uma carta vista pela Reuters que os estados membros deveriam reduzir a produção para 3,02%, maior do que o valor originalmente acordado de 2,5%, segundo a carta.
Barkindo também teria dito que os países membros tornariam suas cotas públicas e aplaudiram a Arábia Saudita por prometer reduzir a produção em 10,2 milhões de barris por dia, mais do que o alocado.
Espera-se que o cartel publique a lista completa de cortes de fornecimento até o final da próxima semana.
“Os atuais preços do petróleo vão forçar a OPEP a aumentar o cumprimento dos acordos de corte de produção, apoiando os preços do Brent. A recuperação temporária dos preços tem sido impulsionada por recompra de vendedores a descoberto ”, disse Wang Xiao, diretor de pesquisa de petróleo do Guotai Junan Futures.
Mas o interesse de compra diminuiu no início da manhã, caindo ainda mais em relação ao pico em outubro, já que as preocupações com a demanda por petróleo aumentaram devido à desaceleração da economia global e aos sinais de excesso de oferta.
Stephen Innes, diretor de negociações para a Ásia-Pacífico da OANDA, disse em uma nota que a volatilidade do mercado estava "ficando exagerada por condições de liquidez imensamente frágeis, o sentimento de risco e participação no mercado de final de ano".
As preocupações com o excesso global de oferta permanecerão no centro das atenções nesta sexta-feira, com os investidores ficarão de olho no índice de produção futura nos Estados Unidos, com os dados semanais da Baker Hughes divulgados, às 16h (horário de Brasília).
Os touros têm esperanças de que o número de plataformas domésticas ativas de perfuração para petróleo registrará seu terceiro declínio consecutivo, depois de cair na semana passada de quatro para 873, o menor desde meados de outubro.
Em outras negociações de energia, os contratos futuros de gasolina ganhavam 1,12% para US$ 1,3171 por galão às 8h12, ao passo que o óleo de aquecimento caía 0,58% para US $ 1,7395 por galão.
Por fim, os futuros de gás natural subiram 1,67%, para US$ 3,643 por milhão de unidades térmicas britânicas, apoiados por dados que mostraram um declínio maior do que o esperado em estoques na semana passada.
A Reuters contribuiu para este relatório.