Investing.com - Os preços do petróleo recuaram ainda mais nesta terça-feira, com os investidores realizando os lucros após um rali intenso que se seguiu ao acordo da Opep para cortar a produção do petróleo pela primeira vez em oito anos.
O petróleo bruto americano estava sendo negociado a US$ 50,58 o barril às 13h51, registrando queda de US$ 1,24, ou 2,36%, desde seu último fechamento. A commodity atingiu a máxima de US$ 52,42 no intradia na última segunda-feira, o maior valor desde julho de 2015.
O Brent futuro, referência mundial, caiu US$ 1,15, ou 2,11%, para US$ 53,78 o barril. O Brent atingiu a máxima de US$ 55,33 nesta segunda-feira, também o maior valor desde julho de 2015.
Os preços do petróleo subiram cerca de 15% durante a última semana, após a Opep fechar um acordo de corte da produção que visa a reduzir o excesso de oferta que vem pressionando os preços desde 2014.
O acordo promoverá uma redução de 1,2 milhão de barris da produção diária para o grupo produtor, entrando em vigor em janeiro de 2017.
O acordo também inclui ação coordenada com não membros da Opep, incluindo a Rússia, que deverão diminuir sua produção em 600,000 barris por dia.
O impacto da redução da produção será reavaliado após seis meses, com uma opção de ampliação por mais seis.
Os investidores começaram a voltar sua atenção para uma reunião da Opep e de não membros do órgão em Viena, no dia 10 de dezembro, que visa finalizar os detalhes do acordo.
A Rússia declarou que reduzirá a produção em 300.000 barris por dia, mas que faria de acordo com os níveis de novembro.
Na última sexta-feira, a Rússia relatou que sua produção média diária de petróleo foi de 11,21 milhões de barris por dia em novembro, o maior nível em quase 30 anos.
Os dados desta terça-feira indicaram que a produção de petróleo do grupo atingiu máxima recorde em novembro, com 34,19 milhões de barris produzidos por dia, ante 33,82 milhões em outubro.
O aumento da produtividade antes do corte de produção planejado desencadeou receios de que o excesso de oferta global pode persistir em 2017.
Os analistas alertaram que o corte fará com que outros produtores, especialmente as perfuradoras de xisto nos EUA, aumentem sua produção.
Os analistas também estão céticos quanto a como o acordo será aplicado, já que a Opep não tem autoridade para fazer seus membros respeitarem as cotas.