BBAS3: Como interpretar o balanço do 3T25 do Banco do Brasil?
Investing.com — Os preços do petróleo ampliam as perdas nesta sexta-feira e caminham para encerrar a semana em território negativo, pressionados pela perspectiva de aumento na oferta global. Um relatório apontando que a Opep+ avalia elevar novamente seus níveis de produção reacendeu as preocupações com excesso de oferta no mercado.
Às 9 h de Brasília, os contratos futuros do Brent para julho recuavam 1,51%, cotados a US$ 63,42 por barril. No mesmo horário, o WTI caía 1,71%, negociado a US$ 60,14 por barril.
Ambos os referenciais acumulam perdas próximas de 2% na semana, refletindo um cenário de crescente pressão sobre os preços.
Opep+ avalia novo aumento na produção
Segundo a Bloomberg, a Opep+ discute a possibilidade de elevar novamente a produção na reunião marcada para 1º de junho. Fontes consultadas indicam que uma das propostas em avaliação é um aumento de 411 mil barris por dia a partir de julho, embora nenhuma decisão tenha sido formalizada até o momento.
Analistas do ING destacam que a medida consolidaria uma mudança na estratégia do grupo, que passaria a priorizar a preservação de sua participação de mercado em detrimento da sustentação de preços.
O grupo já iniciou a reversão parcial dos cortes em vigor, com acréscimos previstos para os meses de maio e junho. A decisão da próxima reunião é considerada crítica para o equilíbrio entre oferta e demanda no mercado global de petróleo.
O movimento de queda dos preços também foi intensificado após a divulgação dos dados da Administração de Informação de Energia (EIA), que reportou um aumento inesperado de 1,3 milhão de barris nos estoques de petróleo dos Estados Unidos na semana encerrada em 16 de maio. No início da semana, o American Petroleum Institute (API) já havia divulgado um acréscimo ainda maior, de 2,5 milhões de barris.
Negociações nucleares entre EUA e Irã elevam cautela no mercado
Além da expectativa sobre a decisão da Opep+, investidores acompanham com atenção a quinta rodada de negociações nucleares entre Estados Unidos e Irã, que acontece nesta sexta-feira em Roma, com a mediação de Omã.
O principal impasse segue sendo o programa de enriquecimento de urânio do Irã. Enquanto os EUA exigem a interrupção total das atividades, Teerã insiste em manter seu direito ao enriquecimento para fins civis.
Caso haja avanço nas negociações, um eventual alívio das sanções econômicas poderia permitir que o Irã ampliasse suas exportações de petróleo, adicionando ainda mais pressão sobre a oferta global e os preços da commodity.
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