Investing.com - Os preços do petróleo bruto ficaram pouco alterados no início da manhã de sexta-feira, com os mercados preparados para encerrar um sólido mês de ganhos antes de uma série de reuniões que provavelmente determinarão o destino da atual alta.
Os contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI) negociados em Nova York ficaram efetivamente em US$ 59,45 por barril às 9h20, enquanto os futuros do petróleo Brent, referência para os preços do petróleo fora dos EUA, permaneceram inalterados em US$ 65,67.
"Um campo de batalha entre US$ 58,50 e US$ 60,50 surgiu antes da cúpula do G20 e das reuniões da OPEP, preparando-se para uma grande mudança na semana que vem", disse Ole Hansen, chefe da estratégia de commodities do Saxo Bank, via Twitter na sexta-feira.
Este fim de semana será fundamental para a direção futura da demanda global de petróleo O presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, devem se reunir sábado às 11h30, horário local, em Osaka, segundo a Reuters. 23h30 de sexta-feira em Brasília. A disputa comercial entre os dois países tem sido a principal responsável por desacelerar a economia mundial neste ano, segundo o Fundo Monetário Internacional e outras instituições.
Embora os mercados vejam poucas chances de que os dois líderes mundiais cheguem a um acordo, as esperanças são de uma trégua que adie novas tarifas e permita a retomada das negociações.
Também no sábado, o presidente russo Vladimir Putin e o príncipe herdeiro saudita Mohammed Bin Salman devem se reunir no encontro do G20. Eles provavelmente discutirão se e como estender o atual acordo de corte de produção entre a OPEP e outros produtores, dos quais a Rússia é de longe o maior, antes das reuniões oficiais na segunda e na terça-feira.
Paralelamente, o ministro russo da Energia, Alexander Novak, disse na sexta-feira que espera que a reunião do G20 ofereça mais clareza sobre a oferta e demanda global de petróleo antes da decisão final.
Ele também argumentou que o governo russo e suas empresas de petróleo têm uma posição unificada em estender o acordo de restrição de produção, de acordo com relatórios das agências de notícias Interfax e TASS.
O petróleo bruto dos EUA ganhou cerca de 11% este mês, embora tenha sido pouco alterado no trimestre que tem sido um período volátil de três meses.
A desaceleração econômica global fez com que o petróleo caísse 20% no final de abril, apenas para os compradores voltarem ao petróleo após os ataques aos navios-tanque no Oriente Médio, que elevaram a ameaça de interrupções no fornecimento de longo prazo.
Em outras negociações de energia, contratos futuros de gasolina recuavam 0,3% para US$ 1,9095 por galão às 9h24, ao passo que o óleo de aquecimento tinha alta de 0,3%, para US$ 1,9673 por galão.
Por fim, os contratos futuros de gás natural recuavam 0,9%, para US$ 2,304 por milhão de unidades térmicas britânicas.