Os mauritanos foram às urnas hoje, enquanto o presidente Mohamed Ould Ghazouani busca um segundo mandato, com expectativas altas para sua vitória. Ghazouani, que chegou ao poder em 2019, tem defendido políticas para atrair investidores e capitalizar os recursos naturais do país, incluindo a produção de gás natural.
A eleição, que começou às 07h00 GMT, tem Ghazouani disputando contra outros seis candidatos. Entre os adversários, destaca-se Biram Dah Abeid, ativista antiescravagista que obteve mais de 18% dos votos nas eleições de 2019, ficando em segundo lugar. Outros candidatos incluem o advogado Id Mohameden M'Bareck, o economista Mohamed Lemine El Mourtaji El Wafi e Hamadi Sidi El Mokhtar, do partido islâmico Tewassoul.
Com as urnas marcadas para fechar às 19h00 GMT, os resultados provisórios são esperados no domingo. As promessas do incumbente incluem o estabelecimento de uma usina de energia a gás natural ligada ao projeto de gás offshore Greater Tortue Ahmeyim (GTA), que deve iniciar a produção até o final do ano. Ghazouani também planeja investir em energia renovável e expandir as atividades de mineração de ouro, urânio e minério de ferro.
A participação eleitoral é significativa, com cerca de 2 milhões de pessoas inscritas. As questões-chave para o eleitorado são a luta contra a corrupção e a criação de emprego, particularmente para os jovens. Ghazouani, que também é o atual presidente da União Africana, foi reconhecido por manter a estabilidade na Mauritânia, um contraste gritante com os países vizinhos do Sahel que enfrentam insurgências islâmicas.
A liderança de Ghazouani até agora manteve a Mauritânia livre de ataques militantes e ele se comprometeu a continuar a gestão das ameaças islâmicas. Seu histórico de direitos humanos e o tratamento da população negra africana da Mauritânia continuam sendo temas polêmicos, com o ativista Abeid o desafiando sobre essas questões.
Analistas como Mucahid Durmaz, da Verisk Maplecroft (NASDAQ:VRSK), preveem uma provável vitória de Ghazouani no primeiro turno, reforçada pelo sucesso de seu partido nas eleições legislativas do ano passado. No entanto, se nenhum candidato atingir mais de 50% dos votos, será necessário um segundo turno.
A integridade do processo eleitoral está sob escrutínio, já que alguns apoiantes da oposição em Nouakchott expressam ceticismo sobre o potencial de uma contagem de votos transparente. Eleições anteriores viram denúncias de irregularidades e geraram protestos, embora em pequena escala. O país aguarda o resultado das eleições de hoje com expectativa para o seu rumo futuro.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.