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SÃO PAULO (Reuters) - A produção de açúcar do centro-sul do Brasil somou 2,41 milhões de toneladas na primeira quinzena de maio, recuo de 6,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, mas menos do que o previsto, de acordo com dados publicados nesta quinta-feira pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica).
A produção de açúcar superou a projeção de 2,286 milhões de toneladas apontada em uma pesquisa S&P Commodity Insights, já que a destinação da matéria-prima para a fabricação do adoçante foi acima da expectativa.
Analistas consultados esperavam "mix" de 49,39%, enquanto a fatia efetiva de cana para o adoçante subiu para 51,14%, ante 48,24% no mesmo período do ano passado.
Com isso, a fabricação de etanol somou 1,78 bilhões de litros no mesmo período, recuo de 11,3%, maior do que o esperado.
Já a moagem de cana somou 42,3 milhões de toneladas na primeira quinzena, baixa anual de 6,1%, ainda com um menor número de usinas em operação, com algumas delas deixando para iniciar as atividades quando a cana estiver mais desenvolvida e produtiva.
Em abril, o centro-sul do Brasil registrou recuo na produtividade média (TCH) e na concentração de açúcares na matéria-prima, de acordo com dados do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) publicados nesta quarta-feira.
A Unica informou que nos primeiros 15 dias de maio 21 unidades processadoras de cana-de-açúcar reiniciaram as atividades, totalizando 242 operando na região --desse total, 225 são usinas de cana, dez fabricam etanol a partir do milho e sete são flex.
No mesmo período, na safra 24/25, operaram 248 unidades produtoras, sendo 230 unidades com processamento de cana, nove empresas produzindo etanol a partir do milho e nove usinas flex.
A qualidade da matéria-prima segue pior na comparação anual. O nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na primeira quinzena de maio atingiu 116,80 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, variação negativa de 6,37%.
VENDAS
Na primeira quinzena de maio, as vendas de etanol pelas unidades produtoras totalizaram 1,34 bilhão de litros, queda de 5,13% em relação ao mesmo período da safra 2024/2025.
O volume comercializado de etanol anidro no período foi de 491,52 milhões de litros, aumento de 3,94%, enquanto o etanol hidratado registrou venda de 848,91 milhões de litros, retração de 9,69%.
Os números sinalizam que a demanda para a mistura de etanol na gasolina está maior do que a registrada para o produto usado diretamente nos veículos flex e que concorre com o combustível fóssil.
(Por Gabriel Araujo e Roberto Samora)