NOVA YORK (Reuters) - Um quinto dia de manifestações contra o uso excessivo da força policial com as minorias foi marcado para Nova York no domingo, depois de 13 prisões em uma noite de protestos violentos em Berkeley, Califórnia, e em Seattle.
Confrontos na costa Oeste dos Estados Unidos contrastam com manifestações relativamente calmas no sábado em uma chuvosa Nova York, depois do funeral de um homem negro que estava desarmado e foi morto a tiros por um policial branco na escadaria de um prédio de apartamentos no Brooklyn.
O domingo deve ter novos protestos em Nova York, Chicago, Filadélfia, Miami e Minneapolis e em dezenas de outras cidades.
Em Berkeley, na noite de sábado, um homem quebrou a janela de uma loja com um skate e outros saquearam o estabelecimento, conforme mostrou vídeo da KTVU-TV. Pelo menos duas outras lojas foram saqueadas, disse a oficial Jennifer Coats do Departamento de Polícia de Berkeley.
A polícia foi bombardeada por mísseis de um grupo dissidente de manifestantes e usou gás lacrimogêneo, disse Coats. Um oficial atingido por um saco de areia teve um ombro deslocado, disse ela.
Vários veículos da polícia foram danificados, disse ela à Reuters no domingo. Seis pessoas foram presas.
Em Seattle, os manifestantes atiraram pedras e atacaram a polícia que os impedia de marchar para a State Route 99, resultando em sete prisões, disse o detetive de Seattle Patrick Michaud.
A morte a tiros de Akai Gurley, 28, numa área habitacional no Brooklyn no mês passado, foi a última de uma série de incidentes que elevaram a indignação dos manifestantes que consideram que a polícia usa de força excessiva contra os afro-americanos.
As manifestações começaram na quarta-feira depois que um grande júri decidiu não indiciar Daniel Pantaleo, um policial de Nova York, pela morte em julho de Eric Garner, um pai de seis filhos de 43 anos de idade.
Essa decisão foi anunciada nove dias depois de um grande júri no Missouri optar por não indiciar um policial branco pela morte a tiros em agosto de um adolescente negro desarmado, estimulando duas noites de violência num subúrbio de St. Louis.
(Por Andrew Chung, com reportagem adicional de Barbara Goldberg em Nova York e Emmett Berg, em San Francisco)