MOSCOU/RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Rússia está enviando sua primeira carga de petróleo para o Brasil, enquanto busca diversificar sua lista de compradores que foi drasticamente limitada pelas sanções dos EUA e da União Europeia, segundo traders e dados da LSEG.
A Rússia tem dependido fortemente da Índia e da China como principais compradores do seu petróleo após o embargo europeu e políticas de limite de preços terem sido impostas em dezembro do ano passado, depois da invasão da Rússia à Ucrânia, que Moscou chama de operação militar especial.
O Brasil faz parte da aliança dos BRICs, juntamente com a Índia e a China, que têm sido os compradores mais ativos do petróleo russo, com grandes descontos devido às sanções.
Ao contrário da Índia e da China, o Brasil é um grande produtor e exportador de petróleo, mas ocasionalmente importa petróleo para necessidades internas de refino.
A russa Lukoil está embarcando 80.000 toneladas de seu petróleo Varandey no navio Stratos Aurora, a partir do porto de Murmansk, para o terminal do porto de Madre de Deus no Brasil, operado pela Transpetro, uma subsidiária da Petrobras (BVMF:PETR4), de acordo com fontes e dados de navegação.
O Varandey Blend é um tipo de petróleo bruto leve, enquanto outros tipos de petróleo russo foram enviados principalmente para a Índia e a China nos últimos meses.
A Lukoil, a Petrobras e o Ministério de Minas e Energia do Brasil (BVMF:ENBR3) não responderam imediatamente aos pedidos de comentários da Reuters.
Não foram disponibilizadas informações sobre o comprador da carga.
(Com reportagem da Reuters em Moscou e Fabio Teixeira no Rio de Janeiro)